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Museu de Arte Antiga recebe 25 mil euros de fundação europeia para apoio a restauro

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A European Fine Art Foundation (TEFAF) concedeu 25.000 euros ao Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, para apoiar os trabalhos de restauro dos azulejos da Capela das Albertas, naquele museu, foi hoje anunciado.

De acordo com o MNAA, a doação foi atribuída pelo comité executivo da TEFAF, que também concedeu 25 mil euros ao Museu de Belas-Artes de Boston, nos Estados Unidos, com a mesma finalidade de apoio a conservação e restauro.

Em Boston, o fundo irá apoiar o restauro do “Retrato da Mulher com Cadeia de Ouro”, de Rembrandt Harmensz van Rijn (1606-1669).

“Cada projeto visa apresentar aos visitantes dos dois museus a beleza original de cada uma das obras, preservando o património cultural para as gerações vindouras”, segundo um comunicado do MNAA.

O sítio ´online´ da TEFAF sublinha que a Capela das Albertas é “um exemplo notável” de património, pelo contraste entre a simplicidade do exterior e o interior sumptuoso, na arquitetura, pintura, escultura e azulejos de diferentes períodos, do século XVI ao XVIII.

A TEFAF - que realiza em Maastricht, na Holanda, há mais de 30 anos, a Feira de Arte e Antiguidades, uma das maiores do mundo - criou um fundo, em 2012, para ajudar museus e instituições de todo o mundo a restaurar e conservar obras de arte das suas coleções.

Referência internacional no mercado de arte e antiguidades, a TEFAF recebe anualmente cerca de 80 mil visitantes, desde curadores, directores e conservadores de museus, peritos de leiloeiras, antiquários e coleccionadores de todo o mundo.

O MNAA ultrapassou esta semana o total de visitantes de 2016, ao receber o visitante número 175.577, mais um do que no ano passado, indicou à agência Lusa fonte do museu.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante colecção pública de arte antiga do país, de pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, e é um dos museus com maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

Além dos Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por D. Manuel I, datada de 1506, e Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.

Hieronymous Bosch, Albrecht Dürer, Piero della Francesa, Hans Holbein, o Velho, Pieter Bruegel, o jovem, Pieter de Hooch, Lucas Cranach, Hans Memling, Jan Steen, van Dyck, Giordano, Zurbarán, Murillo, Ribera, Poussin, Tiepolo, Fragonard apenas são alguns dos mestres europeus representados na coleção do MNAA.