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Quartel do Carmo, na Horta, vai ser concessionado para fins turísticos

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O Quartel do Carmo, na cidade da Horta, nos Açores, vai ser concessionado por 50 anos para exploração para fins turísticos, ao abrigo do programa Revive, anunciou hoje o Governo.

“O Revive continua a afirmar-se como um programa eficaz para devolver aos territórios os imóveis públicos fechados, que podem ser instrumentos de atração de investimento e dinamização económica. A recuperação do Quartel do Carmo no âmbito do Revive vai ser um importante fator de geração de riqueza e de criação de postos de trabalho”, adiantou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, citada numa nota de imprensa.

O concurso público para a concessão do Quartel do Carmo foi lançado hoje e os investidores interessados têm 90 dias para apresentarem propostas.

Construído no século XVII como Convento da Ordem dos Carmelitas, o Quartel do Carmo, situado num planalto da cidade da Horta com vista sobre o porto, foi adaptado no século XX ao uso militar para acolher a Companhia de Infantaria da Horta.

Para a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira, o concurso vai assegurar a “preservação de elementos arquitetónicos que ainda se mantêm desde a sua origem, nomeadamente, algumas arcadas e abóbodas de berço, fundamentais no conjunto do edifício”.

“Imóvel de enorme potencial e localização privilegiada, o Quartel do Carmo contribuirá assim para a valorização cultural da região”, frisou.

Já a secretária de Estado da Defesa, Ana Santos Pinto, defendeu que a solução encontrada “viabiliza a necessária reabilitação e valorização do património disponibilizado pelas Forças Armadas”, possibilitando àqueles que o visitem “usufruir de uma paisagem privilegiada e de um contacto direto com o legado de séculos de memórias históricas”.

Este é o 12.º concurso a ser lançado no âmbito do programa Revive, promovido pelos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, em colaboração com as autarquias locais, que conta já com 33 imóveis inscritos.

Estão já a decorrer concursos para a concessão da Casa de Marrocos, em Idanha-a-Velha, do Mosteiro de Santo António dos Capuchos, em Leiria, do Mosteiro de Arouca e do Convento de São Francisco, em Portalegre.