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Prejuízos da TAP agravam-se para 119,7 milhões no primeiro semestre

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Os prejuízos do grupo TAP agravaram-se no primeiro semestre deste ano para 119,7 milhões de euros, face aos 90 milhões de euros negativos do período homólogo, afectados pelo mercado brasileiro e aumento de custos com o pessoal.

Em comunicado, a companhia aérea destacou que este resultado foi “impactado principalmente pela quebra de receitas de passagens do Brasil de 43,1 milhões de euros e pelo aumento dos custos com pessoal de 35,3 milhões de euros (+10,6% face ao período homólogo) em resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018”.

De acordo com a nota, a TAP SA contabilizou prejuízos de 112 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

O grupo destacou também que o resultado líquido do primeiro trimestre de 2019 foi de 110,7 milhões de euros negativos, “tendo melhorado para 9 milhões de euros negativos no segundo trimestre (que compara com 26,4 milhões de euros negativos no período homólogo). A companhia considera que estes números mostram uma “tendência de recuperação”.

Ainda assim, este é o pior semestre da TAP SPGS desde 2015, ano em que no primeiro semestre obteve prejuízos de 142,9 milhões de euros.

Por outro lado, a TAP “atingiu um novo recorde no número de passageiros, tendo transportado 7,9 milhões de clientes nos primeiros seis meses, um crescimento de 4,8% face ao período homólogo”, lê-se na mesma nota, sendo que em Julho e Agosto o grupo registou “um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajectória de recuperação iniciada no segundo trimestre”, lê-se no comunicado.

A TAP refere ainda que o primeiro semestre deste ano “foi marcado por um período globalmente negativo para a aviação comercial na Europa”.

O grupo recordou o investimento feito na aquisição de novos aviões que possibilitaram a expansão da empresa para oito mercados.

“Tal investimento possibilitou à TAP obter importantes ganhos de eficiência no semestre, sendo a única companhia aérea europeia de bandeira comparável a reduzir os seus custos operacionais unitários em 8,8% face ao período homólogo, aumentando assim a sua vantagem de custos em relação a essas empresas”, assegurou a transportadora.

A empresa adiantou ainda que se concluiu “no primeiro semestre, com sucesso, o ‘turnaround’ [inversão] da ME [Manutenção e Engenharia] Brasil, tendo a subsidiária registado um EBITDAR positivo de 3 milhões de euros”.

A transportadora recordou “a resposta do mercado na emissão obrigacionista concretizada em Junho de 2019”, e que contribuiu para uma “posição de caixa no final do primeiro semestre de 393,5 milhões de euros e a extensão da maturidade média da dívida financeira”.

O grupo acredita que “a recuperação registada no segundo trimestre, com as perspectivas que o comportamento dos mercados chave da TAP mostram para o segundo semestre, as reservas registadas no sistema da companhia e os benefícios crescentemente alcançados com a renovação da frota, deixam a expectativa de atingir este ano um resultado operacional melhor do que em 2018”.