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Menir do Patalou no concelho alentejano de Nisa em vias de classificação

Foto DR
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O Menir do Patalou, no concelho de Nisa (Portalegre), que se encontrava tombado e foi reerguido em 2015 por arqueólogos da Universidade de Évora, está em processo de classificação, foi ontem publicado em Diário da República (DR).

O anúncio publicado no DR é relativo ao despacho da diretora-geral do Património Cultural, Paula Araújo da Silva, de 20 de novembro do ano passado, que determinou a abertura do procedimento de classificação, sob proposta da Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCAlen).

Situado na Tapada da Bajanca, no concelho alentejano de Nisa, o menir “está em vias de classificação”, pode ler-se no DR.

“O menir em vias de classificação e os imóveis localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor”, acrescenta o anúncio.

Com quatro metros de comprimento, o Menir do Patalou pesa cerca de sete toneladas e está localizado junto a uma estrada que liga Nisa à albufeira de Póvoa e Meadas, no concelho de Castelo de Vide, igualmente no distrito de Portalegre.

O monumento, que se encontrava tombado, foi objeto de estudo e reabilitação em 2015, tendo sido também reerguido, no âmbito de um protocolo entre a Universidade de Évora (UÉ) e a Câmara de Nisa.

No final de setembro desse ano, dias antes de poder começar a poder ser visitado pelo público, Jorge Oliveira, professor de arqueologia da UÉ, disse tratar-se do “segundo menir a ser tratado em toda a Europa ocidental”.

“Vem provar que os menires são muito mais antigos do que o resto do megalitismo, sobretudo o funerário”, assinalou, na altura.

De acordo com o mesmo arqueólogo, o monumento “é um dos mais volumosos” menires explicitamente fálicos da Península Ibérica, sendo, por isso, considerada uma peça “interessante”.

Segundo os resultados dos trabalhos arqueológicos, divulgados na altura, o menir foi erguido em meados do quinto milénio antes de Cristo, tendo sido talhado, transportado e erguido pelas primeiras comunidades neolíticas, no contexto de ancestrais cultos à fertilidade.

No âmbito do procedimento de classificação agora iniciado, pode ler-se no DR, os elementos relevantes do processo (fundamentação, despacho, planta do menir em vias de classificação e da respetiva zona geral de proteção) estão disponíveis nas páginas eletrónicas da Direção-Geral do Património Cultural, da DRCAlen e da Câmara de Nisa.