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Alguém sabe o que é normal?

A notícia sobre o “stoke” da Thomas Cook! Uma história armadilhada com um detonador

Quando um grupo maioritário de pessoas, começa a alterar e a desvirtuar, os hábitos, os costumes ou as regras, passado certo tempo, essas alterações, boas, más ou aberrantes, tornam-se normais e parecem ficar aprovadas, como sendo uma nova fórmula da normalidade, apesar da contestação daqueles que em minoria não as consideram. Não tem nada a ver com a evolução, que se pressupõe existir para melhorar. Assim, antigamente, não era normal ou comum, as mulheres fumarem em público. Como não era normal aprenderem a nadar ou ir à praia. E também estudavam pouco mais do que o ensino primário. Essas anormalidades e muitas outras mais, relacionavam-se com a cultura, a educação e o desenvolvimento da época. Muita coisa mudou, alguma para melhor, outra para pior.

E então agora, parece que estamos obrigados a pensar com a parte de fora da cabeça ... e ter de acreditar que é verdade, tudo aquilo que escrevem e dizem os debutantes escritores do “face”, as opiniões técnicas daqueles que opinam sobre muitas das opiniões semanais, seja dos políticos, dos “CEO’s” ou dos treinadores de bancada deste país. Que são sempre opiniões consideradas “colunáveis” com temas, desde o futebol, como é espectável, passando por muitas outras ... até à identidade de género e a transexualidade! Outro dia, um desses CEO’s, trajando um fato de altíssima qualidade, explicava na televisão, que o tabaco aquecido até fazia bem - comparativamente com o consumo do cigarro convencional - porque era relaxante, ansiolítico, com uma temperatura de aquecimento do produto muito menor ... e assim era uma óptima e novíssima opção para os fumadores clássicos e para os que pensam vir a fumar, ou seja, os jovens. Mas, subitamente, como estão a morrer pessoas com alguma frequência, por causas atribuíveis ao consumo do tabaco aquecido, qual será o comentário: - Tabaco convencional morre na quinta! Tabaco aquecido vive até à segunda-feira seguinte.

E a Amazónia? Só começou a arder agora??... realmente o Jair Bolsonaro, mandou umas “bocas” e, como é político de direita sofre mais crítica viva e específica... ou já ardia antes, nos tempos do Lula e da Dilma, que eram da esquerda? Não me digam que os incendiários do Brasil são de direita! Só faltava essa! Este assunto deve ser debatido, fora da politiquice da “bica curta em chávena aquecida”, porque é de uma importância vital para o equilíbrio do planeta. Os desmatamentos e os incêndios ocorridos desde 2004, no início da era Lula e até 2010 no final da era, não foram nem política nem ecologicamente correctos. Na era Dilma diminuíram os incêndios, mas existiram sempre em todos os últimos governos brasileiros. Podem consultar os dados do INPE do Ministério da Ciência e Tecnologia brasileiro e verificar quem mais deixou queimar a Amazónia.

Em 2019, assaltaram um supermercado Pingo Doce em Aveiro... onde extorquiram 800 caixas de bolachas “Petit Beurre”, 1200 embalagens de manteiga açoreana “Milhafre” e 900 latas de atum-rabilho? Apanharam e identificaram muito rapidamente os “meliantes”, que confessaram o crime, encontrando-se em prisão preventiva aguardando julgamento. Fácil! Crime e castigo! No entretanto, em 2017, há dois anos, houve um roubo, digamos, gigante, num super-paiol das Forças Armadas Portuguesas, e hoje, como disse, dois anos depois, ainda há dúvidas, incertezas, fantasmas e mal-entendidos, sobre o caso! Acho que seria um enredo e cenário fantásticos para colocar no palco do Teatro Nacional... numa peça humorística, claro... que se poderia chamar “Tancos´s Bacanal”, que até poderia ter vinho - numa homenagem a Baco, o Deus romano do Vinho - e umas cenas discretas de sexo, para ser mais apelativo, sem chocar ninguém, quiçá, a forma mais rápida e divertida de sabermos o que realmente aconteceu. E no teatro, tudo passa muito bem... a verdade e a mentira... sem ninguém levar a mal! Concordam?

E as “golas” anti-fogo? Como é possível tanta incompetência! Achavam que iam passar incólumes?

Agora o “Brexit”! Palavra inventada pelos ingleses, que se desconhece a tradução no dicionário, mas relacionada com saída ou fuga... “exit” significa saída e “brexit” será british-exit... e então assim um movimento de cidadãos do Reino Unido que pretendem sair da União Europeia. Mais ou menos uma pessoa que aceita fazer um negócio, faz um empréstimo bancário e a meio caminho, resolve que não paga a dívida ao banco... mas fica com o negócio. E ficámos a ver a “democracia modelo” a andar às voltas no “trânsito político-económico europeu” a ver se sai bem, quando se sabe que pode sair mal, da U.E.! Outro lindo enredo para desfilar nos teatros londrinos, deliciando ingleses e visitantes, com uma paródia de cenas tristes e gargalhadas, numa história recheada de suor e lágrimas, felizmente ainda sem sangue.

Acabo com a notícia sobre o “stoke” da Thomas Cook! Uma história armadilhada com um detonador, com o relógio ligado há muito tempo e que só agora explodiu! Indescritível!

Comentário final do autor: - Olhem no vosso espelho, com os olhos nos vossos olhos e respondam honestamente: - Acham tudo isto normal?