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Trump pede compromisso entre democratas e republicanos

Foto Doug Mills/via REUTERS
Foto Doug Mills/via REUTERS

O Presidente dos Estados Unidos pediu, na terça-feira, um compromisso entre democratas e republicanos para trabalharem para o bem comum, no início do discurso anual do Estado da União.

“Devemos rejeitar as políticas de vingança e retaliação, e abraçar o potencial ilimitado de cooperação, compromisso e bem comum”, afirmou Donald Trump.

O líder norte-americano afirmou, perante um Congresso pela primeira vez dividido, que o país deve ser “governado não como dois partidos, mas como uma nação” e advertiu os democratas que “ridículas investigações partidárias” podem vir a travar o progresso económico.

Com esta afirmação, Trump deu a entender como planeia defender-se das investigações pedidas pelo Partido Democrata, agora maioritário na Câmara dos Representantes, à sua administração e finanças pessoais.

“Se queremos que existam paz e legislação, não podemos ter guerra e investigação”, declarou, no seu segundo discurso do Estado da União.

O discurso de Trump surge num momento crítico da presidência, depois de ter levado o seu partido a apoiar a mais longa paralisação da administração norte-americana, durante 35 dias, e de já ter ameaçado com um novo ‘shutdown’, se o Congresso não aceitar financiar um muro ao longo da fronteira com o México, condição que o Partido Democrata já rejeitou.

Inicialmente previsto para 22 de janeiro passado, o discurso do Estado da União foi adiado, depois de a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, se ter recusado a receber a visita de Trump por considerar que o ‘shutdown’ [paralisação da administração norte-americana] e que afeta os servços secretos norte-americanos, não garantia as condições de segurança necessárias durante a visita.

O discurso do Estado da União decorre da obrigação que a Constituição dos EUA impõe ao Presidente para que preste “regularmente ao Congresso informações sobre o Estado da União”.