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Quatro feridos, incluindo um polícia, em confrontos na maior favela do Rio de Janeiro

Foto Arquivo
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Quatro pessoas, incluindo um polícia, ficaram hoje feridas em confrontos na Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro, durante uma operação policial, anunciou fonte policial.

A Polícia Militar do Rio (PM) anunciou na rede social Twitter que realizou uma operação com uma unidade de elite, o CMI, na Rocinha, na qual três suspeitos foram feridos e cinco espingardas foram apreendidas.

Na Rocinha era possível ver veículos blindados da polícia e ouvir os tiroteios, que começaram pela manhã e continuaram durante a tarde.

Noutra mensagem no Twitter, a polícia militar do Rio de Janeiro solicitou doações de sangue para ajudar o agente ferido durante os confrontos, que foi levado para um hospital.

As autoridades policiais também revelaram que uma Unidade da Polícia Pacificadora (UPP) foi alvo de trocas de tiros na parte da manhã.

O canal de televisão GloboNews mostrou vídeos enviados por pessoas que moram nas proximidades da Rocinha nos quais era possível ouvir os disparos.

“Parece um filme de guerra, nunca ouvi nada desse tipo, ouvimos explosões quase ininterruptas e tiroteios, faz mais de uma hora e meia”, disse um professor da Universidade Católica (PUC), localizada abaixo da favela.

Localizada na zona sul do Rio de Janeiro, entre os bairros sofisticados de Gávea e de São Conrado, a Rocinha tem quase 100 mil habitantes.

Esta favela tem sofrido com uma série de confrontos entre gangues e a polícia desde setembro do ano passado, devido a uma guerra entre narcotraficantes que culminou na prisão de Rogério Avelino da Silva, conhecido pela alcunha de “Rogério 157”, que era um dos líderes do tráfico na favela.

O aumento da insegurança na Rocinha e noutras áreas do Rio de Janeiro levou o Governo Federal do Brasil a mobilizar, no final de julho do ano passado, 8.500 soldados para ajudar nas operações policiais.

Parte destes efetivos também participaram hoje numa grande operação de controlo nas estradas contra o roubo de camiões, outro flagelo que tem incomodado os moradores do Rio de Janeiro.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse durante uma conferência de imprensa que esse tipo de operação ocorreria “permanentemente” e “inesperadamente”.

De acordo com os números do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio, 10.599 roubos de carga foram registados em 2017, contra 9.874 no ano anterior.