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Procuradoria da Virgina acusa diocese católica de empregar pedófilos em escolas

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O procurador-geral do estado norte-americano da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, acusou a diocese católica de Wheeling-Charleston e o seu ex bispo, Michael Bransfield, de terem contratado “conscientemente” pedófilos para escolas e acampamentos religiosos.

“Esta manhã, entrou uma ação contra a diocese de Wheeling-Charleston e o ex bispo Bransfield acusados de enganar os clientes ao dizerem que as suas escolas eram seguras quando na verdade estavam a empregar pedófilos”, disse Morrisey na sua conta no Twitter.

Em comunicado, o procurador alegou que a diocese é acusada de contratar pedófilos “conscientemente” e de não verificar os seus antecedentes.

Esta ação do procurador-geral da Virginia Ocidental surge depois de o arcebispo de Baltimore, William Lori, ter determinado a expulsão de Bransfield.

O arcebispo Lori foi nomeado pelo papa Francisco em 2018 para conduzir uma investigação sobre inúmeras alegações contra a Igreja Católica nos Estados Unidos.

Em janeiro, os líderes da Igreja Católica no país identificaram 286 padres e outras autoridades da Igreja, que supostamente abusaram sexualmente de menores ao longo das últimas décadas.

Quinze dioceses no estado do Texas, incluindo Austin, Santo Antonio, Dallas e Houston, revelaram os nomes dos padres que supostamente abusaram de crianças e adolescentes, como parte de uma campanha lançada em agosto de 2018, quando um tribunal do estado da Pensilvânia tornou públicos os casos de 300 padres que supostamente fizeram o mesmo.

Nesse documento, o júri da Pensilvânia fundamenta que todos os casos identificados foram arquivados pelos líderes da Igreja “que preferiu proteger os abusadores”.

Após a divulgação do relatório do tribunal, cerca de 50 dioceses nos Estados Unidos publicaram listas com nomes de mais de 1.200 padres acusados de abuso sexual.

A Conferência Episcopal dos EUA anunciou um plano abrangente para lidar com o “desastre moral” e o sofrimento dentro da igreja americana após o escândalo de abuso sexual de crianças descoberto na Pensilvânia.

O Vaticano descreveu como “criminosos” os abusos descritos no relatório da Pensilvânia e considerou que os abusadores e os que “permitiram os abusos” tem de assumir a responsabilidade.