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NATO confirma construção de instalações para exército dos EUA na Polónia

Foto Kacper Pempel/Reuters
Foto Kacper Pempel/Reuters

A NATO confirmou hoje que pretende construir instalações de armazenamento para o equipamento militar norte-americano na Polónia, numa altura de reforço da sua presença no flanco oriental, desde a anexação russa da Crimeia e a crise ucraniana.

Segundo o Wall Street Journal (WSJ), estas instalações, orçadas em 260 milhões de dólares, situar-se-ão em Powidz, a cerca de 200 quilómetros a oeste de Varsóvia, e albergarão veículos blindados, munições e armas para uma brigada.

As obras de construção vão começar este ano e deverão durar dois anos, declarou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, citado pelo WSJ.

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte) aumentou as suas capacidades de defesa ao longo do flanco oriental após a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, e o papel que imputou a Moscovo no conflito na Ucrânia.

Agrupamentos táticos foram destacados para os três Estados bálticos e para a Polónia e a NATO está a tomar medidas para melhorar a sua capacidade de reação em caso de incursão.

A prática que consiste em “pré-posicionar” equipamentos em locais estratégicos visa igualmente tornar a deslocação de recursos mais eficaz em caso de crise.

Stoltenberg explicou ao WSJ que as novas instalações servirão “para apoiar uma maior presença norte-americana na Polónia”.

O Governo polaco reforçou as suas relações militares com os Estados Unidos ao assinar no mês passado um contrato de compra de 20 lança-’rockets’ móveis HIMARS norte-americanos, por 414 milhões de dólares, depois de, em março do ano passado, ter comprado por 4,75 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) o sistema antimíssil norte-americano Patriot, para reforçar a sua defesa antiaérea.

O executivo conservador de Varsóvia está a multiplicar os esforços junto de Washington para que uma base dos Estados Unidos seja instalada em território polaco, onde quase 5.000 soldados norte-americanos estão já estacionados rotativamente, no âmbito das operações da Aliança Atlântica.