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Liga Guineense dos Direitos Humanos acusa Ministério Público de ser parte do jogo político

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O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto da Silva, acusou hoje o Ministério Público de fazer “parte do jogo político” que devia ser entre os partidos.

Augusto da Silva reagiu desta forma à decisão do Ministério Público de ordenar a suspensão imediata de todos os trabalhos do recenseamento eleitoral em curso no país, por suspeitas de fraude.

A decisão do Ministério Público decorre de processos de averiguações em curso naquela instância judicial a vários agentes do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), organismo do Governo que executa o recenseamento eleitoral.

Para o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, jurista de formação, mais uma vez, o Ministério Público agiu “com motivações políticas, ao arrepio da lei e do direito”.

“O Ministério Público não tem competência para anular nada, pode isso sim deduzir acusações”, afirmou Augusto da Silva, realçando que o órgão judicial tentou agradar uma certa franja da sociedade política guineense.

O líder da Liga Guineense dos Direitos Humanos acrescentou que, com a “medida drástica” que tomou, o Ministério Público poderá pôr em causa o próprio processo de eleições legislativas.

Augusto da Silva lamentou que o Ministério Público tenha deixado de ser um órgão independente e que a sua decisão “será rapidamente revogada” pelo tribunal, que disse ser “única instância competente na matéria”.