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Jovem que empurrou criança do museu Tate Modern de Londres queria matar alguém

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O jovem britânico detido depois de empurrar uma criança francesa de uma varanda do museu Tate Modern de Londres, em agosto de 2019, confidenciou alguns meses antes do incidente que queria matar alguém, noticia hoje a comunicação social.

Em dezembro, durante o seu julgamento no tribunal criminal de Old Bailey, na capital do Reino Unido, Jonty Bravery, com 17 anos na altura do incidente, declarou-se culpado de empurrar a criança de seis anos do 10.º andar do museu.

Bravery permanece detido e terá uma audiência de sentença a 17 de fevereiro.

O incidente deu-se a 04 de agosto, quando o adolescente britânico empurrou a criança de uma plataforma de observação da Tate Modern, à altura do 10.º andar.

A criança, que caiu num telhado do 5.º andar, cerca de 30 metros mais abaixo, sofreu uma hemorragia cerebral e fraturas na coluna, braços e pernas e passou alguns meses nos cuidados intensivos.

Em 2018, o agressor, que sofre de autismo e de distúrbios de personalidade, disse aos seus auxiliares de saúde que planeava matar alguém, segundo declarações registadas e transmitidas pela BBC News e pelo Daily Mail.

“Nos próximos meses, tenho na minha cabeça que tenho de matar alguém”, indicou o jovem na gravação.

Jonty Bravery disse que pretendia ir a um edifício alto no centro de Londres para empurrar alguém do topo desse edifício.

“Pode ser o Shard (um arranha-céu em Londres), pode ser qualquer coisa, desde que seja algo alto. Poderíamos subir, visitá-lo e empurrar alguém de lá”, acrescentou.

O grupo privado responsável pelos seus tratamentos, Spencer & Arlington, referiu, no entanto, que “não tinha conhecimento nem registo dessa revelação”.

As autoridades locais indicaram à BBC News e ao Daily Mail que uma investigação independente está em curso.

O menino gravemente ferido “está a progredir”, indicou a sua mãe numa mensagem publicada em 24 de janeiro num ‘site’ destinado a arrecadar fundos para ajudar no tratamento da criança.

“Ele agora pode comer puré. Esperamos que possa ser capaz de beber em breve, com uma palhinha para começar”, explicou.

“Entendemos cada vez melhor o que ele nos diz. No entanto, não consegue ficar de pé ou andar e tem grande dificuldade em manter o foco e o pensamento”, acrescentou a mãe da criança, acrescentando que “continua a lutar” pelo seu filho.