Mundo

Cruzeiro que estreou na Madeira há um ano está à deriva na Noruega

Operação de resgate de 1.300 passageiros decorre lentamente. ‘Viking Sky’ só tem um motor em águas tormentosas e pejadas de recifes

None Ver Galeria

As autoridades norueguesas iniciaram hoje a retirada por helicóptero de cerca de 1.300 passageiros de um navio de cruzeiro que se encontra à deriva na costa norueguesa.

“O navio de cruzeiro Viking Sky lançou um SOS, reportando problemas no motor em condições meteorológicas adversas”, disse na rede social Twitter o Southern Relief Center da Noruega. Um vídeo foi partilhado na rede social, que pode ver aqui, mostra a força do vento e da agitação marítima na zona.

Segundo o responsável da operação, Andre Franck, a embarcação só tem um motor ligado e os ventos são fortes.

Cerca das 16:00 locais (14:00 em Lisboa), apenas trinta pessoas tinham sido retiradas pelos três helicópteros enviados para o local.

“Vai levar tempo para retirar todos”, disse Franck.

O incidente ocorreu a cerca de 2,5 milhas náuticas da área de Møre og Romsdal (oeste da Noruega), uma região onde os naufrágios são frequentes.

“É perigoso ter problemas de motor nessas águas que escondem muitos recifes”, disse.

Outras embarcações estão a caminho da área e foi já montado um local em terra para acomodar os passageiros que vão sendo resgatados.

Nas fotos é possível perceber a proximidade da costa e, também, que já foi lançada âncora para segurar o navio face à força da corrente que o empurra para os baixios.

Passagem em estreia no Funchal

Há cerca de um ano, mais precisamente a 12 de Março de 2018, o Viking Sky fez a sua estreia na Madeira, numa escala de algumas horas no Porto do Funchal.

Pertencente à companhia Viking Ocean Cruises, que tem outros navios programados para este porto (no passado dia 10 esteve cá o Viking Star e a 6 de Abril próximo deverá ser o Viking Sea), este que agora está com problemas é recente. Foi lançado em Janeiro de 2017 e iniciou viagens em Junho seguintes, tendo como referido se estreado na Madeira há pouco mais de um ano e, para já, não tinha mais nenhuma escala prevista cá até 2021.