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CDS pede pressão para acabar com “ditadura de extrema-esquerda sanguinária” na Venezuela

Foto António Pedro Santos/LUSA
Foto António Pedro Santos/LUSA

A líder do CDS, Assunção Cristas, defendeu hoje que o Governo português deve continuar a fazer “pressão, pressão, pressão” para conseguir eleições livres na Venezuela e acabar com a “ditadura de extrema-esquerda sanguinária” de Nicolas Maduro.

“Gostaríamos que [o processo de transição] fosse rapidamente abreviado para acabar com esta ditadura de extrema-esquerda sanguinária que se apoderou da Venezuela”, afirmou Assunção Cristas antes de participar numa conferência com dois dirigentes oposicionistas venezuelanos, Ysrrael Camero, dirigente do partido Un Nuevo Tiempo (Um Novo Tempo), e Aldo de Santis, consultor de vários partidos da Assembleia Nacional, presidida por Juan Gaidó.

Para Cristas, “é muito importante que a pressão continue” e se consiga a organização de “eleições livres e democráticas”, como todos os partidos, como propõe o autoproclamado presidente interino Gaidó, reconhecido pelo Governo de Portugal e de vários países da União Europeia (UE).

Sem a excluir liminarmente uma intervenção externa, que vê como “último recurso”, a líder dos centristas afirmou aos jornalistas ser este o momento da diplomacia e que “o mais premente é garantir apoio humanitário e que se consegue” que sejam “organizadas eleições livres e democráticas”.

A conferência foi organizada pelo Instituto Democracia e Liberdade (IDL), do CDS, tendo também participado o eurodeputado Nuno Melo, que encabeça de novo a lista do partido às europeias de maio.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.