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Apoiantes do Presidente do Brasil convocam manifestações para domingo

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Grupos de direita e apoiantes do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, convocaram manifestações em dezenas de cidades do país no próximo domingo (26).

O objetivo é defender o Governo, depois dos grandes protestos no passado dia 15 contra Bolsonaro e o bloqueio de verbas na área da educação, que ocorreram em 200 cidades, segundo um levantamento divulgado pela imprensa local.

Os protestos do próximo domingo foram convocados através das redes sociais por grupos como o Movimento Brasil Conservador, Juntos pela Pátria, Nas Ruas e Ativistas Independentes.

No Twitter, o Movimento Brasil Conservador informa que se manifesta para apoiar um pacote de combate ao crime apresentado pelo Governo brasileiro, em defesa de mudanças no sistema de pagamento de pensões, em favor da medida provisória que reestruturou o Governo e para pedir a abertura de uma investigação contra juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).

No início das convocações, circulou nos grupos a informação de que a convocatória também defendia o fecho do parlamento e do STF, o que foi posteriormente retirado.

Os grupos de direita Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem pra Rua (MPR), que têm crescido e que simbolizam a nova direita do Brasil após organizarem atos em favor da destituição da ex-Presidente Dilma Rousseff (Partido dos Trabalhadores), informaram que não vão aderir às manifestações.

O Presidente nacional do Partido Social Liberal (PSL, a que pertence Bolsonaro), Luciano Bivar disse hoje ao jornal brasileiro Folha de S.Paulo não perceber o motivo das manifestações convocadas para domingo .

“Ele [Bolsonaro] não precisa [que as pessoas façam manifestação] porque foi institucionalmente e democraticamente alçado ao poder”, disse.

“Para quê tirar o povo de casa? Já ganhámos as eleições, já passou isso aí. Eu vejo [que é] sem sentido essa manifestação”, completou.

Numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, o porta-voz do Governo, Otávio Rêgo Barros, afirmou que os atos organizados pelos apoiantes de Bolsonaro mostram que “é muito importante entender que a sociedade está alinhada com o Presidente.”

“Nesse alinhamento [a sociedade] está a procurar associar-se àquilo que o Presidente vem atribuindo como responsabilidade dele. Conduzir a nossa sociedade, a nossa nação, para o melhor que ele possa dar como chefe do executivo. Ele já vai levar ao Congresso Nacional a nossa reforma da Previdência, as nossas medidas anticorrupção”, acrescentou.

Questionado sobre a participação de Bolsonaro em algum ato, o porta-voz afirmou que o Presidente brasileiro “ainda não se posicionou em relação a isso”.