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12.º Encontro de investigadores e estudantes portugueses no Reino Unido sobre Inteligência Artificial

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A Inteligência Artificial vai ser o tema do ‘Luso 2019’, o Encontro Anual de Investigadores e Estudantes Portugueses no Reino Unido, em 01 de junho em Londres, onde vão participar cientistas, empreendedores e o ministro da Ciência, Manuel Heitor.

Adotando o título “Artificial and Human Intelligence - Creating a better future together” [Inteligência Artificial e Humana - Criando um futuro melhor em conjunto], os organizadores pretendem promover uma discussão sobre “oportunidades e ameaças que decorrem da crescente presença da inteligência artificial” e a necessidade de capacitar as próximas gerações.

“A inteligência artificial passou a dominar muito da esfera mediática recentemente, mas não necessariamente da melhor maneira, isto é, muitas vezes numa perspetiva alarmista do que pode acontecer no futuro próximo. Pela sua importância para o avanço de outras áreas da ciência e pela necessidade de as pessoas integrarem certas mudanças no seu dia a dia e adaptarem-se a uma nova realidade, decidimos fazer o Luso nesta área”, afirmou à agência Lusa o presidente da Associação de Investigadores e Estudantes Portugueses no Reino Unido (PARSUK na sigla inglesa), Luís Lacerda.

Entre os oradores estarão o presidente do Instituto Superior Técnico, Arlindo Oliveira; o consultor digital Hugo Pinto; o professor de teoria e processamento de informação na universidade University College London, Miguel Rodrigues; a presidente da agência Ciência Viva, Rosalia Vargas; a diretora do Programa INCoDe. 2030, Sofia Marques da Silva; o cofundador da empresa de apoio à inovação Beta-i, Ricardo Marvão; e a vice-presidente da Ordem Portuguesa dos Psicólogos, Sofia Ramalho.

A neurocientista e cofundadora do Hip Hop Psych, Becky Inkster, vai falar do seu projeto, que pretende usar a música hip hop para abordar temas relacionados com a saúde mental, enquanto o ministro da Ciência e Ensino Superior intervém no último painel, em conjunto com Alexs Berditchevskaia, investigadora do Centre for Collective Intelligence Design, e Nando Freitas, cientista na unidade Deepmind da Google e professor na universidade de Oxford.

Luís Lacerda espera que se possam “desmistificar alguns conceitos como IA [Inteligência Artificial], machine learning, deep learning e discutir oportunidades e ameaças do uso destas tecnologias em vários setores” e debater o impacto direto na sociedade e em particular na saúde, nomeadamente que efeitos está a ter a utilização excessiva desta tecnologia, concluindo com uma discussão sobre a necessidade de ética e regulação.

Esta é a 12.ª edição do Luso, que se realiza anualmente numa cidade diferente do Reino Unido e que no ano passado teve lugar em Lancaster, mas que este ano regressou à capital britânica, onde esteve pela última vez em 2012, tendo mobilizado na altura um dos números mais altos de participação de sempre, cerca de 200 pessoas.

Pensado como evento “para partilhar experiências e boas práticas, assim como estabelecer novos contactos e parcerias”, a edição deste ano será feita nas instalações da fundação Wellcome Trust e todas as sessões serão em língua inglesa, procurando atrair delegados para além dos atuais 1.545 associados da PARSUK.