Madeira

“Quero que no final as pessoas olhem para nós e digam que valeu a pena”, diz Rui Barreto

“Desenganem-se aqueles que achavam que esta coligação em pouco tempo se iria desintegrar”

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O CDS-PP/Madeira realizou esta sexta-feira o seu tradicional jantar de Natal, onde reuniu cerca de 200 militantes, simpatizantes e amigos na Escola Hoteleira da Madeira. O líder do partido, Rui Barreto, começou por assumir que “este foi um ano exigente, difícil do ponto de vista do partido, dos seus funcionários e militantes”.

“Tivemos três actos eleitorais, um ano atípico, exigente, com eleições europeias, regionais e nacionais. Devo dizer, como líder deste partido, que durante este ano nós cumprimos. Nós cumprimos com enorme correcção e dignidade sempre que fomos chamados a ir a votos, apresentando as nossas ideias e valendo as nossas convicções. Sem o vosso empenho não seria possível a mobilização e a visibilidade que tivemos, e a forma serena com que passámos as nossas ideias”, agradeceu o centrista que se congratulou pelo facto de “pela primeira vez na história da Autonomia da Madeira” ter acabado com “as maiorias absolutas”.

“Pela primeira vez na história da Autonomia da Madeira o CDS está no Governo. E isso deve ser, desde logo, um motivo de grande orgulho do todo o nosso partido e toda a nossa gente. Foi uma luta de tantos dirigentes, durante tanto tempo, que desejaram que um dia o CDS chegasse a um Governo para pôr em prática aquilo que tem defendido tão bem na oposição”, vincou Rui Barreto.

O agora secretário da Economia salientou que hoje o CDS tem “a capacidade de influenciar o futuro da nossa Região” e que “finalmente” poderá “colocar em prática aquilo que durante tanto tempo” defendeu, frisando que o partido está “a trabalhar”, mas há algumas coisas das quais não abdica.

“Não abdicaremos de tornar a Região mais justa, com maior distribuição da riqueza para que a nossa riqueza possa chegar a mais pessoas e de forma mais justa. Com lealdade para com o nosso parceiro de Governo, com institucionalidade, com respeito. Desenganem-se aqueles que achavam que esta coligação em pouco tempo se iria desintegrar, tremelicar. Este Governo está coeso, está forte e vamos levá-lo até 2023. Nós queremos uma fiscalidade melhor para os cidadãos, mas mais amiga do investimento e mais amiga de quem quer criar riqueza e de quem quer levar a nossa terra para a frente. E há já medidas. O próximo Orçamento terá medidas para recuperar as listas de espera no Hospital, uma medida que o CDS tem defendido durante muito tempo. Para o ano vamos tomar medidas para alargar a rede de Cuidados Continuados na Madeira, satisfazendo necessidades dos mais idosos que precisam cada vez mais de cuidados. Numa rede que é insuficiente, a partir do próximo ano, até 2023, será mais extensa”, avançou Rui Barreto que diz estar “atento” ao partido depois do “ajustamento interno”.

“Hoje, estamos a assumir responsabilidades maiores em nome do Governo e da Região, mas quero que o partido continue a funcionar independentemente de estarmos no Governo”, referiu o centrista para as duas centenas de militantes presentes na sala, isto antes de endereçar os votos para a quadra natalícia.

“Estou na política não para estar todo o tempo. Vou estar algum tempo, mas no tempo que estiver, agora de forma redobrada entre o partido e o Governo, quero que o CDS honre os seus compromissos e que no final do mandato as pessoas olhem para nós e digam que valeu a pena. Perdoem-me algumas falhas. Naturalmente também erro. E aproveito, nesta quadra de Natal, perdoem-se uns aos outros. Sejamos mais tolerantes e fraternos uns com os outros”, concluiu.