Madeira

PSD reage a acção do JPP no Porto Santo

Iniciativa ‘Pensar o Porto Santo’, dizem os social-democratas, mostra que o Movimento Juntos Pelo Povo desconhece realidade local

Foto Shutterstock
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Num comunicado dividido em sete pontos, assinado por Bernardo Caldeira, presidente da Comissão Política do PSD Porto Santo, criticou hoje a iniciativa ‘Pensar o Porto Santo’ organizada pelo Movimento Juntos Pelo Povo que, dizem os social-democratas, desconhece a realidade local.

Segue o comunicado na íntegra:

“1 - As declarações proferidas, esta tarde, a propósito de encontro “Pensar o Porto Santo”, organizado pela JPP são, no mínimo, lamentáveis e demonstram o total desconhecimento deste Movimento acerca da realidade da ilha e, bem assim, do desenvolvimento socioeconómico de que esta foi palco, ao longo dos últimos quatro anos e fruto das políticas acertadas e concertadas do Governo Regional.

2 - Em matéria de combate à sazonalidade – e caso o JPP não se recorde – foi graças ao Governo Regional que, neste mandato, foi criado o subsídio à mobilidade inter-ilhas, levando a que mais madeirenses visitassem a ilha, ao longo de todo o ano. Um incentivo que tem vindo a promover a maior competitividade do Porto Santo, ao dinamizar a sua economia e ao criar condições que propiciam não só a manutenção da atividade comercial existente, como o lançamento de novos projetos empresariais, capazes de gerar emprego e combater a desertificação daquela ilha, fora dos picos habituais da procura.

3 - Também não devem estar recordados – ou desconhecem – que o preço das viagens praticado quer entre a Madeira e o Porto Santo, quer entre o Porto Santo e continente português têm sido alvo de críticas do Executivo Regional, até porque a competência, nestas matérias, é do Governo da República e da companhia TAP do qual este é socio maioritário.

4 - Já relativamente à sustentabilidade energética, é grave que o JPP – desconhecendo o Projeto Smart Fossil Free Island, projeto pioneiro que, também a cargo do Governo Regional, está a ser desenvolvido no Porto Santo, visando tornar este destino uma Ilha Verde e ignorando o sucesso que tem sido a aposta na mobilidade elétrica – prefira atacar um investimento que terá o seu retorno, na base de uma produção que, para além do biocombustível, terá procura por parte da indústria alimentar, farmacêutica e cosmética.

5 - Também não deve saber que a taxa de desemprego reduziu, nesta ilha e entre abril de 2015 e abril de 2019, cerca de 50%.

6 - Assim como não deve estar a par dos investimentos transversais que o Governo Regional levou a cabo tanto na área da saúde e da emergência, quanto na educação, no apoio social e no abastecimento de água, entre muitos outros setores, precisamente porque o desenvolvimento desta ilha e a qualidade de vida de todos os porto-santenses foi, desde a primeira hora, considerada uma prioridade.

7 - Quem falha não é o Governo Regional nem o PSD mas, sim, quem tenta manipular e enganar os cidadãos, em plena época de campanha eleitoral onde não deve valer tudo.”