Madeira

PSD diz que gestão da CMF é marcada por “falta de resposta, inexperiência e ausência de diálogo”

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“A incapacidade de corresponder às verdadeiras necessidades dos cidadãos, a inexperiência com que os assuntos têm vindo a ser geridos e na sua larga maioria adiados e a falta de diálogo com os Partidos da oposição e com as próprias instituições públicas são as três grandes marcas que a vereação do PSD regista daquela que foi a gestão do Município do Funchal, em 2019”. A afirmação é da vereadora social-democrata Rubina Leal que fez questão de sublinhar, na última reunião do ano, que esta Autarquia tem sido “penalizadora para os Munícipes, a vários níveis e, simultaneamente, reveladora de que não existe, por parte do Executivo nem do seu Presidente, capacidade para gerir ou fazer sequer aprovar o Orçamento do próximo ano, chumbado, pela primeira vez, por todos os Partidos da Oposição”.

Rubina Leal lembrou que as cerca de 27 propostas apresentadas pelo PSD neste ano que agora finda, “não foram acolhidas e, aquelas que foram, até ao momento, não foram executadas”, revelando “incapacidade deste Executivo em dialogar e em discutir soluções viáveis e positivas para a cidade”.

A vereadora do PSD reitera “não ser este o caminho que as pessoas desejam, num Município onde não há investimento, não há obras nem há a preocupação em satisfazer as necessidades básicas da população”, frisando que, no dia-a-dia, “é comum ouvirmos as pessoas falarem de uma cidade onde não há limpeza, onde não há recolha de lixo adequada, onde os pavimentos e as estradas municipais continuam em mau estado e, no fundo, onde estas necessidades, que deveriam ser a prioridade para qualquer Executivo, mantêm-se ignoradas”.

Promotores à espera há mais de dois anos

Confrontada com as deliberações que, hoje, estiveram em cima da mesa, concretamente, naquela que dizia respeito ao Plano de Urbanização do Amparo, a vereadora Social-democrata lamentou que a Câmara “assuma que vai fazer um Plano, quando os promotores aguardam pela aprovação dos seus projectos, há mais de dois anos”, sendo este, aliás, o exemplo daquela que tem sido a gestão da CMF no respeitante ao urbanismo, área em que os projectos estão constantemente atrasados, “empata e dificulta a vida dos promotores e o respectivo investimento na cidade”, vincou.

Já sobre a abertura do procedimento legal que visa a criação do novo Regulamento de estacionamento da cidade, Rubina Leal alertou para a necessidade de o mesmo “atender às necessidades de mobilidade dos cidadãos, ao comércio local e, também, à sustentabilidade ambiental”. Considerou que não é possível “continuar com uma população a envelhecer e com dificuldades de mobilidade e termos mais estacionamentos para as motas do que para as viaturas, assim como também é preciso olhar para o comércio local e encontrar soluções de estacionamento que promovam esse mesmo comércio e a vinda das pessoas até ao centro da cidade”.

Rubina Leal espera ainda que este novo Regulamento permita estacionamento gratuito em determinadas épocas do ano, conforme já foi proposto pelo PSD, e tenha em atenção “a promoção de condições e facilidades relativamente aos veículos eléctricos”.