Madeira

Plano de Contingência: Alojamento Local é parte interessada, mas tem um ‘handicap’

Gestor de unidades Luciano Homem de Gouveia, lembra que, ao contrário dos hotéis, uma empresa que gere um AL com 40 unidades tem, por vezes, de falar com 40 proprietários

Foto Arquivo/Octávio Passos/Aspress
Foto Arquivo/Octávio Passos/Aspress

O sector do Alojamento Local deverá ser chamado a integrar a plataforma de operacionalização de vagas de quartos para acomodar turistas que fiquem na Madeira ou no Porto Santo se o Aeroporto da Madeira estiver encerrado por um ou mais dias. O Plano de Contingência elaborado para o efeito deverá contar com pelo menos as empresas que gerem várias unidades (mais de 10 camas), hostels, pensões e relacionados, que tenham capacidade de instalação.

A ideia foi deixada por Roland Bachmeier esta manhã, mas de acordo com o gestor de unidades AL, Luciano Homem de Gouveia, ao contrário dos hotéis, uma empresa que gere um AL com 40 unidades tem, por vezes, de falar com 40 proprietários, o que gera um enorme constrangimento e um ‘handicap’ difícil de resolver. Ainda assim, lembra que como parte interessada no minorar deste problema para os seus clientes, o Alojamento Local está aberto a encontrar uma solução viável.

“Nas empresas de alojamento local, a maior parte dos donos das unidades são particulares”, lembra, referindo que enquanto num hotel a decisão de receber outras pessoas cabe a uma pessoa, nos AL tem de pedir permissão a vários, 10, 20, 30, 40 ou mais proprietários diferentes. Ainda que seja uma ideia que estou a ouvir pela primeira vez, é uma situação mais complicada de gerir do que na hotelaria cuja decisão é de só uma pessoa. No caso dos Hostels, é mais fácil. É um tema que nos afecta, até porque o alojamento local também sofre quando o aeroporto está fechado e com clientes retidos, por isso estamos interessados, somos parte interessada. É preciso estudar uma forma de agilizar uma forma de nos integrar, porque se um cliente sai de uma casa, vai ao aeroporto e depois tem de ser realojado, provavelmente terá de ser na de outro proprietário diferente, sem esquecer que operamos através de outras plataformas (Airbnb, Booking, HomeAway, entre outros)”, o que pode criar um problema de compatibilidade, refere.

Refira-se uma das noticias de destaque da edição impressa do DIÁRIO desta quinta-feira, frisamos que “o Governo Regional desfaz dúvidas e críticas e assume que o Plano de Contingência do Aeroporto da Madeira já está em funcionamento e foi activado nalgumas ocasiões, sendo que a primeira ocorreu em 28 de Dezembro de 2018. Foi novamente accionado no dia 21 de Abril, na sequência de tempo adverso”. Aliás a secretária regional do Turismo vai mais longe e afirma que o plano está a “corresponder às expectativas”, ainda que ressalve que se trata se trata de uma “base de trabalho sujeita a à evolução”, disse Paula Cabaço.