Madeira

Manifestação no Funchal contra o extermínio de cabras nas Ilhas Desertas

A concentração está agendada para amanhã, sexta-feira, a partir das 11 horas, em frente ao Edifício Golden Gate

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A ‘Direct Action Everywhere’ - DxE da Madeira, uma rede internacional de activistas dos direitos dos animais, vai realizar amanhã, sexta-feira, uma manifestação contra o extermínio das cabras das ilhas Desertas. A concentração está marcada para as 11 horas, na Placa Central em frente ao edifício Golden Gate, sede da Secretaria Regionais da Agricultura e Pescas.

“Depois do extermínio das cabras da ilha do Bugio - animal com um ‘património genético provavelmente único a nível mundial’ - por intervenção do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN), com o aval da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais que tutela aquele organismo, o Governo Regional, continua a tentar exterminar (a tiro) os últimos exemplares que subsistem, desta feita, as cabras da ilha da Deserta Grande”, contextualiza a DxE numa nota de imprensa enviada ao DIÁRIO.

“Trata-se de num processo que alegadamente, dizem os entendidos, volta a ser conduzido ‘sem os devidos estudos’ e de forma absolutamente agressiva e violenta, sem reunir o consenso da comunidade científica, que acredita existir ainda naqueles animais, algum cariz genético que as distingue de entre a espécie caprina”, sustenta.

Com esta manifestação, o DxE pretende que as entidades responsáveis abram um inquérito quanto ao processo que levou à extinção da Cabra do Bugio e, apurar eventuais responsabilidades. Exige que se acabe de imediato com o abate das Cabras da Deserta Grande até existirem estudos conclusivos por parte de um colégio internacional e independente de cientistas reputados, em relação à singularidade da espécie (ainda) existente.

Acrescenta que na eventualidade de não se verificar essa raridade na espécie ainda existente da Cabra da Deserta Grande, o DxE pretende ver aprovado um programa de recolha dos animais daquela ilha sem que esse passe pelo abate mas sim, pelo acolhimento em recinto controlado na Região Autónoma da Madeira.