Madeira

Madeira deixou de ter a taxa de desemprego mais alta do país

No 1.º trimestre de 2019 Algarve, Lisboa e Açores tinham mais desempregados entre a população activa. Região passa a ter 7%, a mais baixa em uma década

Foto Shutterstock
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No 1.º trimestre de 2019, a taxa de desemprego em Portugal foi de 6,8%, superior em 0,1 pontos percentuais (p.p.) à do trimestre anterior e inferior em 1,1 p.p. à do 1.º trimestre de 2018. A grande novidade é que a Madeira deixou de ter a taxa de desemprego trimestral mais alta do país, e apenas 0,2 pontos percentuais acima da média nacional, com outras três regiões acima dos 7% com que terminou os primeiros três meses do ano. Ou seja, pela primeira vez nesta década (desde 2011), deixou o top-3 das regiões com maior taxa de desemprego

Nesse sentido, segundo o INE, “no 1.º trimestre de 2019, a taxa de desemprego foi superior à média nacional em quatro regiões do país: Algarve (9,4%), Região Autónoma dos Açores (8,4%), Área Metropolitana de Lisboa (7,8%) e Região Autónoma da Madeira (7,0%). A taxa de desemprego no Norte igualou a média nacional (6,8%), enquanto a do Alentejo e a da região Centro (6,3% e 4,9%, respectivamente) ficaram abaixo daquele valor”, salienta o Instituto Nacional de Estatística esta manhã.

“Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desemprego aumentou no Algarve (1,6 p.p.), na Área Metropolitana de Lisboa (1,1 p.p.) e no Norte (0,1 p.p.), tendo diminuído na Região Autónoma dos Açores (0,1 p.p.), no Centro (0,8 p.p.), no Alentejo (1,4 p.p.) e na Região Autónoma da Madeira (1,9 p.p.)”.

Ou seja, tivemos a maior quebra no desemprego trimestral face ao período anterior, o mesmo acontecendo a igual trimestre de 2018. “Em relação ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego aumentou no Algarve (1,8 p.p.) e diminuiu nas restantes regiões: Região Autónoma dos Açores (0,5 p.p.), Área Metropolitana de Lisboa (0,8 p.p.), Norte (1,3 p.p.), Centro (1,4 p.p.), Alentejo (1,5 p.p.) e Região Autónoma da Madeira (2,1 p.p.)”, aponta.

Refira-se, em conclusão, que a Madeira, com estes 7% conseguiu ter a taxa de desemprego trimestral mais baixa desde há uma década, quando precisamente no 1.º trimestre de 2010 tinha tido pela última vez valores abaixo dos sete pontos percentuais, na altura com 6,3%, ainda que a forma de inquérito e o cálculo deste indicador tenha mudado e a série tenha sido quebrada no início de 2011. Significa, portanto, que no actual cenário, temos a taxa mais baixa em nove anos (desde o 1.º trimestre de 2011).

Outros dados nacionais

A população desempregada no país foi estimada em 353,6 mil pessoas, aumentou 1,3% (4,5 mil) em comparação com o trimestre anterior e diminuiu 13,8% (56,5 mil) em relação ao trimestre homólogo de 2018.

Na população empregada, 4 880,2 mil pessoas, foi observado um decréscimo trimestral de 0,1% (2,8 mil) e um acréscimo homólogo de 1,5% (73,5 mil).

A taxa de desemprego de jovens (15 a 24 anos) situou-se em 17,6%, o valor mais baixo da série iniciada em 2011, tendo diminuído 2,3 p.p. e 4,3 p.p., respectivamente, em relação aos trimestres anterior e homólogo. A proporção de desempregados à procura de emprego há 12 e mais meses (longa duração) foi 46,8%, menos 1,0 p.p. do que no trimestre anterior e menos 7,0 p.p. do que no homólogo.