Madeira

Juventude Socialista da Madeira promove debate para assinalar Dia Nacional do Estudante

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A Juventude Socialista-Madeira organizou, esta sexta-feira, um jantar-debate, no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Estudante(24 de março), com o tema ‘Educação Gratuita’.

Esta iniciativa juntou cerca de uma centena de jovens estudantes da Região e contou com a presença do candidato do PS-M às eleições regionais, Paulo Cafôfo, do presidente do PS-Madeira, Emanuel Câmara, do coordenador da área de Educação, Rui Caetano, e do presidente da Juventude Socialista da Madeira, Olavo Câmara.

O candidato socialista às eleições regionais, Paulo Cafôfo, afirmou que como professor “sempre acreditou nos seus alunos e nos jovens”, mas sublinhou que “os jovens têm de acreditar mais nas suas capacidades e competências e no que poderão dar à Região”. Por essa razão, sublinhou, “têm de tomar uma posição para que nesta terra não se «queime mais nenhuma geração”, lembrando que houve gerações que nunca deram oportunidades aos jovens, gente com qualidade, que deixou de ter participação política e cívica, mas “precisamos de recuperar isso”. “O PS tem dado esse exemplo, destacando os casos dos jovens João Pedro Vieira, vereador na Câmara Municipal do Funchal, e de Sara Cerdas, candidata do PS às eleições europeias, mas iremos falar de muitos outros, porque acreditamos nos jovens e nas suas capacidades, que merecem ter lugar no mercado de trabalho madeirense e que podem fazer a diferença”, disse. Por essa razão, apelou à mobilização e para “lutarmos juntos, porque esta terra é para os jovens, é para os menos jovens, é para todos”.

“A educação é fundamental, nomeadamente a educação gratuita, os manuais escolares, os transportes escolares, porque, para além de ser um alívio para as famílias, a Madeira tem a mais elevada taxa de analfabetismo do país, um em cada quatro alunos abandona precocemente a escola, 66% da nossa população não tem ensino secundário e só 11,6% é que concluíram o ensino superior. Isso são números que nos devem envergonhar depois de quarenta anos de autonomia e de democracia”. Por essa razão, disse que “precisamos de apostar nas pessoas certas e vocês são as pessoas certas [jovens]”. “Nesta campanha da JS estamos a assumir um compromisso, porque os fatores de insucesso escolar, nesta região, estão associados aos fatores socioeconómicos e de desigualdade”, referiu. Paulo Cafôfo garantiu que pretende “esbater essa diferença, porque todos têm o direito de ter uma educação gratuita” e adiantou que “vamos fazê-lo, tal como já fazemos nas autarquias socialistas”.

Por sua vez, o presidente do PS-M, Emanuel Câmara, mencionou que “envergonha-nos a todos estarmos, há mais de quarenta anos, sempre com o mesmo partido a governar a nossa região”. “Está na altura da mudança e essa mudança passa pelos jovens”, disse o dirigente socialista, mostrando-se, assim, convicto que essa mudança vai acontecer já nos próximos atos eleitorais.

Já Rui Caetano, coordenador da área da Educação do PS-M, começou por dizer que o “futuro está nas vossas mãos [dos jovens]. A escola tem de criar condições para que os alunos se sintam felizes na escola, tem de encontrar as respostas mais adequadas para cada aluno, para as vossas ambições, para os vossos sonhos, para que se sintam realizados, para que cumpram o vosso percurso escolar e que se preparem, naturalmente, para o percurso profissional”. Rui Caetano afirmou que, actualmente, “a escola parou no tempo, nestes últimos quarenta anos”, mas garantiu que o Partido Socialista sabe o que é preciso mudar para que os estudantes sintam que é na escola “que encontraram o presente e o futuro”, defendendo que o PS e o candidato socialista às eleições regionais, Paulo Cafôfo, têm um projecto diferente para a Região Autónoma da Madeira. “Um projecto que aposta nas pessoas e que aposta em cada um de vocês [estudantes] e não no betão armado com aconteceu nos últimos anos”, sustentou.

Por seu turno, Olavo Câmara, presidente da JS-M, salientou que pretende “lançar e renovar forças para os três atos eleitorais de 2019”, nomeadamente as eleições europeias, as regionais e as legislativas nacionais. Nesse sentido, a JS lançou a campanha “Educação Gratuita”, defendendo manuais escolares gratuitos até ao 12º ano, uma medida que, inclusive, foi implementada pelo Governo na República para todo o país. A JS defende, igualmente, que a educação deve ser regionalizada, ou seja, cabe ao Governo Regional aplicar esta medida, o que ainda não aconteceu, e acusou o PSD-M de estar contra a gratuitidade dos manuais escolares. Desta feita, a JS não se conforma com o presente grau de desenvolvimento social e procura intervir, procurando construir os alicerces do progresso futuro.