Madeira

JPP reúne-se com o Conselho de Administração do SESARAM para obter informações sobre listas de espera

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Após um pedido de documentação à Secretaria Regional da Saúde, solicitado pelo JPP, referente às listas de espera para cirurgias, consultas de especialidade e exames complementares de diagnóstico, no passado dia 7 de Novembro, o Conselho de Administração do SESARAM, E.P.E. propôs uma reunião conjunta, realizou este fim-de-semana.

Para o JPP este é um tema que tem vindo “a arrastar-se desde 2015” e que, inclusivamente, foi objecto de solicitação por parte da Comissão de Inquérito a decorrer na ALRAM, “mas cujas informações nunca tinham sido satisfeitas”.

Para Élvio Sousa, nesta reunião que permitiu “a oportunidade de esclarecer elementos fundamentais de análise, infelizmente, continua a verifica-se a manutenção de uma longa lista de espera”, principalmente para as “consultas de especialidade e de cirurgias”.

Esta é uma situação que, de acordo com as informações obtidas do Conselho de Administração, “resulta de um maior número de sinalizações por parte dos cuidados de saúde primários”, do “próprio sistema informático que permite que a mesma pessoa esteja indicada mais do que uma vez” mas também, “com a carência de recursos humanos, técnicos e financeiros que, tal como noutros setores, condiciona a ação na prestação de cuidados de saúde”.

“Esta é uma situação que, pela multiplicidade de factores, exige uma gestão controlada, responsável e concertada entre todos os intervenientes e da própria REDE, que permita responder às reais necessidades da população”, acrescenta e, refere que neste sentido “o Conselho de Administração teve o cuidado de frisar, exactamente, os resultados que estão a ser obtidos, por exemplo, com o PRC (plano de recuperação de cirurgias)”.

No entendimento do JPP” continua a ser claramente insuficiente, tal como demonstram os números apresentados nas listas de espera: para cirurgia passaram, em 2014, de 14 936 utentes para 16 398; as consultas de especialidade de 29 243 para 41 018 e os exames de 10 316 para 16 007, no mesmo período”.

“O JPP não entende como é que, na proposta de orçamento entregue pelo Governo Regional para 2019, não haja qualquer referência específica sobre as medidas a serem adoptadas e/ou reforçadas para combater estes números, tendo havido um reforço de 50 milhões mas que, como sabemos, grande parte será absorvido para a situação do novo hospital”, enfatizou Élvio Sousa.

O deputado do Juntos Pelo Povo referiu ainda que na reunião foi tratado o assunto relativo à expropriação da Unidade de Rastreio do Cancro da Mama, “situação que tem gerado constrangimentos e que exige uma mudança dos serviços para outras instalações”. Ficou assegurado pelo Conselho de Administração que a Unidade de Rastreio irá “manter-se em funcionamento e que tudo continuará como está, mantendo-se o serviço em actividade”, acrescentou.