Madeira

Há 14 anos que não havia tantas empresas criadas na Madeira

Saldo entre o número de constituições (1.057) e de dissoluções (676) de sociedades foi positivo (+381)

Foto Shutterstock
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“Segundo os dados fornecidos pela Direcção Geral da Política de Justiça ao INE, em 2018, o número de constituições de sociedades (1.057) com sede na Região Autónoma da Madeira foi superior ao número de dissoluções (676), resultando num saldo positivo de 381 sociedades”, diz a Direcção Regional de Estatística da Madeira, a propósito dos dados hoje divulgados. “Comparativamente a 2017, observaram-se mais 76 constituições e mais 101 dissoluções”.

De assinalar que “o número de constituições é o mais elevado desde 2005” (868), ou seja há 14 anos que não havia tantas empresas criadas na Madeira, sendo que o último registo superior foi em 2004 (1.515).

“Desagregando os dados de acordo com a Actividade Económica das sociedades constata-se que para o saldo global positivo no ano em referência, contribuíram essencialmente o ‘Alojamento, restauração e similares’ (+107), seguido das ‘Actividades imobiliárias’ (+93), do ‘Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos’ (+76) e das ‘Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares’ (+51)”, diz a DREM. Em sentido inverso, “com saldo negativo registaram-se nas ‘Actividades financeiras e de seguros’ (-15), na ‘Construção’ (-12) e nos ‘Transportes e armazenagem’ (-10)”, assinala.

Por outro lado, no período em referência, “o número de constituições foi superior ao de dissoluções em dez municípios” dos 11 municípios, sendo que apenas no “município de Santana o número de constituições igualou o de dissoluções”. Assim, “no Funchal (692 contra 487), Santa Cruz (150 contra 63), Calheta (28 contra 12), São Vicente (17 contra 3), Câmara de Lobos (58 contra 45), Machico (34 contra 23) Ponta do Sol (20 contra 9), Ribeira Brava (23 contra 13), Porto Moniz e Porto Santo (10 contra 3, em ambos os casos)”.

Em 2018 também assinala-se que “o rácio entre constituições e dissoluções na RAM foi de 1,56, inferior ao valor observado para o país (1,79)”.

“Reduzindo o âmbito da análise ao 4.º trimestre de 2018, registou-se no mesmo um saldo positivo entre a constituição e a dissolução de sociedades (+53), mantendo-se a tendência observada nos outros três trimestres de 2018”, resultando por isso neste crescimento assinalável que, ainda assim, ocorre pelo quarto ano consecutivo, depois de ultrapassados os anos de crise (2009 a 2014).

Por actividade, “observa-se que o saldo positivo mais pronunciado vem das ‘Actividades imobiliárias’ (+42), seguido do ‘Alojamento, restauração e similares’ (+16) e do ‘Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos’ (+15). Por sua vez, os saldos negativos mais acentuados registaram-se na ‘Construção’ (-13), nas ‘Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares’ (-11) e nas ‘Actividades financeiras e de seguros’ (-9)”, faz notar.

Por fim, “em relação aos municípios que mais contribuíram para o valor do saldo global no 4.º trimestre de 2018 foram Santa Cruz (+30), Funchal (+18) e Calheta (+4)”, conclui.