Há 13 anos que não havia tão poucos desempregados com subsídio
Números da Segurança Social em Agosto apontam para um total de 4.739 beneficiários de 14.971 desempregados registados
O total de desempregados registados na Madeira em Julho era de 14.971 pessoas, mas apenas 4.739 beneficiavam nesse mês de um subsídio de desemprego, o que dava uma percentagem de 31,6%. Ou seja, menos de um terço tinha direito a um apoio na situação de desemprego.
Não sendo dos valores mais baixos já registados, a verdade é que é significativamente menos do que, por exemplo, em Fevereiro de 2013, mês com o recorde de desempregados (24.976) registados no Instituto de Emprego da Madeira, mas que na altura apenas 11.983 tinham direito a apoio do Instituto da Segurança Social e que deu, então, uma percentagem de quase 48% beneficiários. Ou seja, quase metade.
Refira-se, pois, que estes 4.739 beneficiários de subsídio de desemprego na Madeira só equivalem aos 4.537 de Setembro de 2006, altura em que a crise que se seguiu estava longe de ser realidade. Na altura, há 13 anos, inclusive, a Madeira contava oficialmente com 7.946 desempregados. Significa que nesse mês muito mais de metade (57%) deles tinha um apoio financeiro enquanto aguardavam uma oportunidade de emprego.
Por fim, em termos de valor médio pago por beneficiário, ascendia em Julho deste ano a 435,25 euros, valor que baixou face a Junho (433,29 euros) e bem superior aos 422,39 euros do mês homólogo de 2018.
Mas, mais relevante, é o facto de os beneficiários de subsídio de desemprego nesta Região serem aqueles que menos recebem, em média, de todos os distritos (16 no continente português) e regiões autónomas (Madeira e Açores), inclusive abaixo da média nacional (501,21 euros). Os desempregados de Bragança (442,60 euros) e dos Açores (444,87 euros) são os que estão mais próximos, sendo que apenas quatro distritos têm valor mensal acima da média nacional (Lisboa lidera com 560,90 euros).