Madeira

Greve de dois dias iniciada hoje deve afectar mais a Saúde e a Educação, diz Ricardo Gouveia

Sindicalista promete primeiros números para o final da manhã. Em causa estão as remunerações e a progressão nas carreiras

Foto Arquivo
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Os trabalhadores da Função Pública estão hoje e amanhã a cumprir dois dias de greve, um protesto contra as medidas.

A Educação e a Saúde serão as mais afectadas, acredita Ricardo Gouveia, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública da Região Autónoma da Madeira, com base na experiência em paralisações anteriores. “Para além de serem as áreas onde existe um número mais expressivo de recursos humanos, são também as áreas onde se colocam os maiores problemas, embora esta greve diga respeito a todos”.

Segundo o sindicalista, que prometeu os primeiros números para o final da manhã, esta greve tem a ver essencialmente com as carreiras e as remunerações e com as últimas medidas do Governo da República, que aprovou o aumento da remuneração base de 580 para 635,07 euros, mas uma parte dos trabalhadores já atingiria este patamar através das progressões na carreira. Ricardo Gouveia diz que os funcionários públicos continuam a ser penalizados.

“Aquela medida dos 635 euros foi dar com uma mão para tirar com a outra porque congelou-se, ou melhor roubou-se o tempo de serviço para essas pessoas”, acusou. “Olhando para aquilo que foi a perda do poder de compra é realmente uma quantia insignificante, irrisória”, lamenta.

Na Madeira são cerca de 17 mil os trabalhadores na Função Pública.