Madeira

D. Nuno Brás mostra-se “agradecido” pelos meses que tem vivido “como Bispo do Funchal”

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O Bispo do Funchal sentiu-se esta manhã “agradecido” pelas saudações e votos de Boas Festas recebidas por parte de toda a igreja diocesana, mas também “por estes meses — quase um ano! — como bispo do Funchal”, referiu D. Nuno Brás, considerando que têm sido “meses de trabalho intenso; meses de percepção de como o Espírito Santo actua no meio de nós” e “meses de enamoramento por esta nossa diocese”.

Para os que acham que se trata apenas de uma “lua-de-mel” e que não tardarão os momentos de “lua-de-fel”, o líder da igreja católica madeirense vai “aproveitar a felicidade” para “viver intensamente”, agradecendo o facto de ter sido “enviado para esta Diocese como vosso Bispo”.

Deixou ainda um agradecimento a toda da Igreja diocesana, sobretudo aos que esta manhã apresentaram cumprimentos de Natal e de Boas Festas na Cúria Diocesana, “rostos visíveis e concretos em que a Igreja funchalense mais aparece e sem os quais, de um ou outro modo, os trabalhos destes meses teriam sido impossíveis”, salientou D. Nuno Brás.

Aproveitou a ocasião para alertar sobre dois pontos importantes da realidade actual da igreja diocesana. “ Em primeiro lugar, a necessidade de darmos atenção ao cristianismo como ‘acontecimento’, relembrando que a “magia” do Natal não é apenas o Pai Natal com as suas renas, fadas e duendes, mas sim um “acontecimento histórico” que surgiu num lugar, tempo e cultura determinados. É uma “realidade concreta e palpável sem nada de magia ou de sonho”, com tudo de temporal, transitório, perceptível aos sentidos humanos. “E a sua maravilha é precisamente esta: de na realidade histórica e concreta, sensorial e humana, Deus estar presente. Deus fez-se visível, palpável, presente, para nos oferecer a sua vida divina”.

Como segundo ponto de reflexão, destaca a “realidade simples, concreta mas magnífica, que estamos a viver neste preciso momento: somos, nós que aqui estamos, povo de Deus, humanidade nova, batizados que passaram em Cristo da morte para a vida; Igreja de Deus que fala, que se apresenta, com a sua fragilidade, com a sua carne, ao mundo contemporâneo”.

Para o Bispo do Funchal, “é a realidade do batismo que nos faz cristãos, filhos de Deus, membros do único corpo de Cristo. Sem essa vida nova a escorrer, a latejar na nossa existência, para nada serviríamos”.

Recordou as palavras do Papa Francisco na primeira Eucaristia celebrada como Sucessor de Pedro quando afirmou que “sem Cristo a Igreja não passaria de uma ONG piedosa”.

Aquilo que a Igreja tem para oferecer ao mundo inteiro “resume-se a uma pessoa: Jesus. Resume-se à vida batismal de cada um e à vida batismal de cada uma das nossas comunidades”.

Renovou a todos os “votos de um santo e feliz Natal e a todos animo a que, ao longo deste ano que se aproxima, usemos o tempo que o Senhor nos oferece para vivermos dele e com Ele; e que a nossa carne seja um testemunho concreto que sempre fala, mostra, proclama o Verbo de Deus feito homem para nos dar a vida”.