Madeira

CDS exige explicações de Cafôfo sobre a Frente Mar

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O líder do CDS-PP Madeira desafiou este sábado o presidente da Câmara do Funchal a “sair da toca e vir explicar cabalmente e de forma conclusiva o que se está a passar com a empresa municipal Frente Mar Funchal”.

No dia em que nova penhora das contas foi conhecida por dívidas da empresa municipal Frente Mar Funchal à Segurança Social, três semanas depois da denúncia feita pelo líder do CDS no Parlamento madeirense, no passado dia 23 de abril, de que a empresa da responsabilidade da Câmara do Funchal tinha as contas penhoradas pela entidade tributária por não ter entregue às finanças as receitas do IVA, Rui Barreto entende que “são casos a mais” para quem ambiciona o cargo de presidente do Governo e a gestão das finanças públicas regionais e se tem arvorado de atingir “números históricos” na gestão financeira da autarquia: “Aparecem notícias de dívidas de indemnizações a funcionários, depois são notícias de não entregam o IVA nas finanças, são atrasos no pagamento dos salários dos funcionários da Frente Mar e agora fica-se a saber que há dívidas à Segurança Social”, historiou o líder regional.

Ainda anteontem o presidente da CMF garantia publicamente que a Frente Mar Funchal tinha as contas organizadas. Rui Barreto estranha por isso a catadupa de “notícias negativas sobre uma empresa que, segundo o presidente da Câmara, tem sustentabilidade financeira e contas em ordem”.

Daí o desafio a Paulo Cafôfo: “O senhor presidente que saia da toca e venha explicar cabalmente e de forma conclusiva o que se está a passar na empresa municipal Frente Mar Funchal”, lança Rui Barreto. “O senhor presidente da Câmara, que agora é candidato a presidente do Governo Regional, que se propõe a governar a Região e as finanças regionais, não poderá ser o presidente da Câmara que tem uma empresa municipal com a dimensão desta, quando sabemos que toda a estratégia da Frente Mar é emanada da Câmara”.

O líder do CDS tem uma leitura para o problema: “O que me parece é que estão a arranjar uma narrativa para justificar o encerramento da empresa Frente Mar”, pensa, recordando que o CDS “deu um contributo importante” para a viabilidade financeira da empresa, ao aprovar uma decisão para que as receitas dos estacionamentos da cidade revertessem para a Frente Mar. “Mesmo assim, continuam os problemas de tesouraria, pondo em causa os trabalhadores e a credibilidade da empresa”, concluiu.