Madeira

CDS debate estratégias e formas de responder ao envelhecimento da população

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O CDS debate na próxima terça-feira à noite as estratégias e formas de responder ao envelhecimento da população, dando qualidade de vida a quem vive muito mais anos. A iniciativa que se insere nas Conferências ‘Ouvir a Madeira-Responder aos Madeirenses’ tem em consideração uma realidade que se por um lado é positiva porque as pessoas vivem mais anos, por outro levanta inúmeros desafios à sociedade, às famílias e aos Governos. Basta referir os 600 idosos com alta médica que continuam internados nos hospitais, a lista de espera de mais mil idosos que aguardam por um lugar num lar, o número considerável de pessoas de idade avançada que vivem isoladas e sozinhas e as demências que atingem muitos seniores e que exigem cuidados especiais das famílias.

Encontrar respostas e soluções mais adequadas a estas situações é o propósito desta Conferência que vai contar com o testemunho da madeirense Nélida Aguiar, Cuidadora Informal, activista e membro da Alzheimer Europa, do professor da Universidade da Madeira Fernando Colmenero que foi até há pouco tempo subdiretor geral de Segurança Social nacional, de Sandra Luís, licenciada em Ciências Sociais na vertentes de Psicologia Social e colaboradora da Delegação Regional de Associação de Doentes com Parkinson, num Debate moderado por Luís Madruga, ex-presidente da Associação de Casas do Povo da Madeira e colaborador de várias Instituições Particulares de Solidariedade Social.

A articulação entre os sectores da Saúde e da Segurança Social para dar resposta às altas problemáticas; a ampliação da Rede de Cuidados Continuados; a necessidade de construir mais lares e residências assistidas; o reforço da ajuda domiciliária; os apoios fiscais e monetários às famílias com idosos em casa, as pensões e reformas baixas, o combate à violência sobre os mais velhos e os estímulos financeiros, formativos e de saúde aos cuidadores informais, são alguns dos temas em debate.

Recorde-se que a Assembleia Legislativa da Madeira, aprovou recentemente dois diplomas, do CDS e do Governo, para criar o Estatuto do Cuidador Informal, tema que também está em discussão no Assembleia da República. Na Resolução do CDS defende-se um apoio financeiro até um Indexante de Apoios Sociais (435 euros) para quem se dedique exclusivamente a cuidar de um familiar ou amigo idoso ou pessoa incapacitada, bem como formação e apoio psicológico. Ao Estado, às Regiões e à Segurança Social sai mais em conta apoiar os idosos em casa do que institucionalizá-los, para além dos ganhos para a dignidade e felicidades das famílias e dos mais velhos.

Estas Conferências são organizadas pelos Conselho Económico e Social do CDS, presidido por José Manuel Rodrigues e têm por objectivo colher ideias e soluções para elaborar o Programa do Governo que o partido apresentará aos madeirenses nas eleições regionais de setembro.