BE defende preços fixos nas ligações aéreas entre a Madeira e o continente
BE defende preços fixos nas ligações aéreas entre Madeira e continente
O Bloco de Esquerda deslocou-se esta manhã ao aeroporto para defender o serviço público nas ligações aéreas para o continente.
Paulino Ascenção, porta-voz da iniciativa, lamentou os “valores absurdos e insuportáveis” praticados pelas companhias aéreas nesta época alta, nas ligações aéreas entre a Madeira e o Continente, prejudicando turistas e madeirenses.
Para o coordenador do BE, a causa do problema está na liberalização da linha aérea, sendo necessário voltar ao “modelo de serviço público”
“O PSD apela à intervenção do Governo central, na qualidade de accionista da TAP, no sentido de dar ordens à administração para baixar os preços nas ligações para a Madeira. Ora se é necessário o Governo intervir, é a demonstração de que a liberalização não funciona”, acusa Paulino Ascenção.
Sobre a intervenção do Estado na atracção de outras companhias para fazerem concorrência na Madeira, solicitada pelo PSD, PS e CDS, diz que se trata de uma “proposta contrária à liberalização que está a falhar e o governo deve intervir”.
Dez anos de liberalização é, segundo o bloquista, “tempo suficiente para aceitar que falhou e retirar daí as consequências, voltar ao modelo de serviço público, definir regras para a TAP (ou outras) como preços fixos e a obrigação de colocarem mais aviões de acordo com as necessidades dos madeirenses”, refere, acusando o PSD, CDS, mas também o PS de estarem “comprometidos com os accionistas privados”.