Devia ser moção de auto-censura...

A moção de censura a apresentar pelo CDS, na Assembleia da República, é uma irrelevância política e eleiçoeira encenação folclórica que nada traz de novo. Um nado-morto! Nesta legislatura já é a segunda tentativa falhada. A sua líder diz que é poupadinha, mas esta banalização (moção), irá ocupar o Parlamento durante quatro horas, para nada. Aliás, vai-nos à

carteira. Caso houvesse alguma higiene política nesta gente, apresentavam uma moção de auto-censura, sendo uma oportunidade para fazerem mea-culpa, pelas contundentes malfeitorias anteriormente praticadas. Agora, exigem tudo o que ajudaram a destruir(!).

A escassos meses das eleições legislativas, o CDS irrisoriamente ficará só a votar a sua moção. Está extremado à direita e a iniciativa é para tirar o tapete e disputar o lugar ao seu colega siamês, o PSD. O líder deste não votará a favor, pois tem sido uma (boa) muleta de António Costa... A proliferação de partidos radicalizados à direita, também contribuiu para querer ter a primazia. O CDS não tem apoio nem reconhecimento popular. Este número é tão-só tacticismo político inócuo, que nada tem que ver com as necessidades do Povo.

A líder, Assunção Cristas, tem feito severas críticas ao (residual) Serviço Nacional de Saúde. Quer melhorá-lo? Robustecê-lo? Não! Tentará esvaziá-lo para o entregar à gula mercantilista da medicina privada. Jamais esqueceremos: No nascimento do SNS, em 1979, o CDS votou contra! Votaram pelo não acesso dos mais pobres à saúde pública... Auto-intitulam-se de democratas-cristãos, sendo esta negação anti-cristã!!

Esta moção, já fora da agenda política, foi tiro nos seus pés.