Desporto

“A equipa de arbitragem foi a que entrou mais nervosa”, critica Petit

Técnico do Marítimo acredita que a meta dos 40 pontos até ao final do campeonato é possível

O momento em que Lucas Áfrico é reconfortado por Petit após a expulsão. Foto Global Imagens
O momento em que Lucas Áfrico é reconfortado por Petit após a expulsão. Foto Global Imagens

O técnico do Marítimo falou aos microfones da Sport TV, na flash interview após a derrota dos verde-rubros frente ao FC Porto, por 3-0, e mostrou-se muito crítico à prestação da equipa de arbitragem liderada por João Capela. A expulsão de Lucas Áfrico e o tempo de descontos dado pelo árbitro, a quem Petit acusa de não ter “bom senso”, foram motivos de ‘duras’ reprimendas desferidas pelo timoneiro dos insulares.

“Penso que das três equipas a equipa de arbitragem foi a que entrou mais nervosa. Tem o lance do penálti, tem um amarelo que em vez de dar ao Lucas dá o René, e depois vai ao VAR analisar e expulsa o Lucas. Como o Gamboa disse, se com 11 já era difícil, então com 10 tornou-se mais difícil. A equipa aguentou-se na primeira parte, soube defender bem, e é normal que vocês digam que nós não fizemos qualquer remate, mas o FC Porto assim não o permite, porque é uma equipa muito forte. É uma equipa que reage muito bem à perda da bola. Nós tentámos fazer o nosso trabalho e não conseguimos. Agora, deixo os lances duvidosos para vocês analisarem. Não era isto que nós queríamos e a estratégia não era esta. Mas tudo ficou definido com a expulsão do Lucas”, começou por referir Petit, definindo a cartolina vermelha exibida ao central brasileiro como o momento-chave do jogo.

“Não vou comentar a arbitragem, porque se tiver de comentar fico aqui muito tempo. Há lances que se formos a analisar poderíamos estar a falar de um jogo de 10 contra 10. Mas deixo para vocês analisarem. Agora vamos descansar e preparar um jogo difícil que é o dérbi da Madeira. O que me deixa mais preocupado é o castigo do Lucas e a lesão do René”, prosseguiu Petit, não sem antes de ‘alfinetar’ novamente a arbitragem de João Capela.

“Jogámos praticamente o jogo todo com 10, porque se formos a ver foram dados sete minutos de descontos na primeira parte, mais quatro minutos na segunda. Não houve bom senso no final do jogo para com uma equipa que está a perder 3-0. Estivemos a jogar 90 e tal minutos com 10 e ainda dão mais quatro minutos. Levamos a atitude dos jogadores e a primeira parte em termos defensivos”, atirou o treinador de 42 anos.

Agora, na mente de Petit estão os três próximos jogos, que são “importantes”, a começar pela recepção ao Nacional, seguindo-se a viagem a Setúbal e, por fim, o jogo com o Feirense no Estádio do Marítimo. “Esses três jogos serão três finais”, alertou, antes de afirmar que é possível chegar à meta dos 40 pontos traçada por Carlos Pereira, presidente do clube.

“É cada vez mais difícil ganhar jogos na I Liga. Os jogadores conhecem-se, os treinadores conhecem-se e anulam-se bem naquilo que é a estratégia, mas acredito plenamente no nosso trabalho. A meta dos 40 pontos é algo que podemos conseguir”, vaticinou.