Esperança e Futuro
Para tudo isto, os madeirenses poderão contar com uma nova geração de protagonistas políticos
Os “23 a 23” que o PSD obteve há 15 dias traduzem um feito difícil de alcançar. Valeu o projeto, a inovação em alguns conteúdos, uma mensagem clara, alicerçada em quadros de reconhecido mérito e num histórico de sucessos baseados na melhoria das condições de vida dos madeirenses ao longo das últimas cinco décadas.
Deste resultado apenas se retira uma ilação: o Povo - ao confiar de forma tão clara no PSD - quis acabar com a instabilidade política dos últimos 18 meses, criar condições para que se construa futuro, exigindo ao PSD responsabilidade, humildade e ausência de toda e qualquer soberba. Se, porventura, o PSD não cumprir este último requisito nas primeiras semanas do novo executivo, os madeirenses responderão nas urnas como fizeram a 23 de março, mas de forma menos lisonjeira e positiva. Se restarem dúvidas, lá para setembro/outubro, tratam de passar a restante mensagem nas eleições autárquicas. É, por isso, tempo de governar com foco, apresentar soluções concretas para a vida das pessoas e desenvolver uma governação ao estilo social-democrata: próxima, de terreno, e de muito diálogo e esclarecimento à população, pois na verdade trata-se dos nossos maiores credores.
Neste âmbito, assumem principal preponderância os desafios que os mais jovens enfrentam. Com uma legislatura que terminará, ao que tudo indica, no final de 2029, os jovens nascidos nos anos 2000 estarão a atingir os 30 anos. Cresceram num mundo diferente dos que, como eu, nasceram nos anos 90 e, numa realidade quase antagónica, aos que nasceram nos anos 80. Tudo faremos para que nessa altura os problemas de habitação, da necessidade de melhorar os rendimentos e da saúde mental tenham encontrado uma resposta robustecida, quer no público quer no privado, por forma a dotar os nossos jovens de melhor qualidade de vida, mais saúde e de uma prestação remuneratória que seja condizente com o investimento na sua formação e com os custos que o mais simples projeto de vida acarreta nos dias de hoje.
Numa economia acelerada, onde um louco passa os dias a disparar tarifas contra tudo e contra todos, não percebendo que o mundo do século XXI é uma “grande economia social de mercado”, os jovens são
confrontados com obstáculos diferentes das gerações anteriores, que merecem resposta consistente. Desde a natalidade, aos custos de uma habitação, mesmo que arrendada, aos desafios da mobilidade digital e dos empregos que serão cada vez mais auxiliados pela Inteligência Artificial, os próximos anos serão férteis em lançar questões. E se é inegável que poderão não ser fisicamente tão exigentes quanto o foram no passado, social e intelectualmente sê-lo-ão certamente, não fosse o mundo hoje um sítio mais difícil para afirmar a originalidade, dada a quantidade de mentes que se dedicam, de forma conectada, a encontrar soluções para interrogações globais.
Para tudo isto, os madeirenses poderão contar com uma nova geração de protagonistas políticos que visam contribuir para a resolução de muitos destes problemas. Uma geração Autonomia que encontra respaldo no reforço dos deputados sub-30 na Assembleia Regional- três dos quais da JSD/Madeira - que só se deu por opção política do PSD. Jovens que têm como agenda a resposta a todas essas solicitações.
Na hora da verdade, os partidos da oposição que enchem a boca com os jovens deixaram-nos fora das decisões. Como diz uma rádio nacionalmente conhecida “já agora vale a pena pensar nisto”. Não tenham dúvidas, há esperança e há futuro.