Estando eu, a ver e a ouvir notícias num canal nacional… parecia que o mundo girava à minha volta sobre meu olhar cansado e fatigado.

Fatigado de assistir a tanta guerra e mortandade, tanta patifaria e hipocrisia, tanto ódio e vigarice.

Cansado das guerras hediondas, assassinas que já provocaram a morte a milhares e milhares de seres humanos … sem fim à vista.

De repente, surge a triste notícia da morte do Papa Francisco, em todos os canais nacionais e talvez do mundo inteiro.

E porquê?

Porque, foi um Papa Universal que, deixou marcas profundas nos católicos até mesmo nos incrédulos ou descrentes.

Pela sua simplicidade, porque esteve sempre ao lado dos mais frágeis, desprotegidos, dos pobres, dos sem abrigo.Em 2014, quando discursou na Parlamento Europeu, disse taxativamente:

“É urgente haver uma regeneração, uma renovação no sistema capitalista atual, porque esta economia mata!”

Mais à frente, referindo-se aos governantes, afirmou: “O dinheiro deve servir não governar, porque o poder autêntico é serviço!”

“Sou amigo dos pobres e dos ricos. Mas, a pobreza é um pecado social. Os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los.”

“Prefiro uma Igreja que comete erros por fazer algo, do que uma que adoece porque fica fechada”.

E muitas outras frases podia citar….

Este Papa, teve também a coragem de combater e condenar crimes de pedofilia dentro da Igreja Católica - como nenhum outro Papa fez até agora, e acabou com certos vícios e intrigas existentes dentro da Cúria do Vaticano que, era minada por “barões medievais”.

Foram descobertos documentos que relevavam lutas internas, secretismo, arrogância, ambição e corrupção. O “Banco do Vaticano” era alvo das piores suspeitas. Quem diria?...

Francisco, apelou também por diversas vezes à paz, ao fim das guerras que assolam o mundo atual, nomeadamente, no Médio Oriente e na Ucrânia, só que as suas palavras foram em vão.

Contudo, e para espanto geral, alguns responsáveis por estas guerras fratricidas e aterradoras, tiveram a imprudência e o desplante de estar presentes no seu funeral.

Mas, quando é que os mandantes do mundo podem ser minimamente sinceros e honestos?

Julgo que nunca serão!

Jorge Macedo