Mudar, com Estabilidade e Compromisso
É mesmo possível, como nunca foi, a mudança de governo da Região.
Mas essa responsabilidade não é só minha ou do PS. É de todos os madeirenses e porto-santenses. A mudança começa na nossa cabeça e nas decisões que tomamos. E nas escolhas que fazemos para que nada continue igual. E para nada continuar igual, só dando força ao PS é que podemos sair desta instabilidade e avançar.
As mudanças são sempre positivas, e não há que ter medo, nomeadamente quando elas são tranquilas. Como tenho dito, connosco não haverá uma revolução, mas uma evolução que a todos beneficiará. Uma mudança política resulta na implementação de novas ideias e soluções que respondem melhor às necessidades das pessoas. Uma mudança política possibilita corrigir falhas, distribuir de forma mais justa a riqueza gerada na economia e assegurar direitos de acesso à habitação, à saúde e a uma velhice digna.
O nosso sistema político, com um partido a governar há quase 50 anos, tornou-se obsoleto e ineficaz ao longo deste tempo todo. Uma mudança política pode ser o impulso necessário para se resolver problemas e fazer diferente. Por isso, mudar é bom. E para nós a mudança não é um fim em si mesmo, não é querer o poder pelo poder, nem substituir um governo por outro igual. Até porque não somos todos iguais e não é tudo a mesma coisa. Para nós a mudança é um meio para termos um novo governo que saiba cuidar das pessoas, que faça e que resolva os problemas de cada um dos madeirenses e porto-santenses.
Para mim governar é servir. Governar é cuidar. É colocar gente que faz pela Madeira no centro das decisões. É ter respostas para os jovens que querem oportunidades, para os mais velhos que trabalharam toda uma vida e merecem uma reforma melhor, para os pais que desejam dar a melhor educação aos seus filhos, para uma classe média que paga impostos e quer ter acesso à saúde e à habitação, para uma administração pública que anseia ser valorizada e respeitada, e para os trabalhadores que exigem que o crescimento económico signifique mais dinheiro nos seus bolsos. Isto é governar. Isto é servir e cuidar.
Queremos uma sociedade justa, e uma sociedade justa é aquela que cuida dos seus jovens e respeita os seus idosos. Para o PS, e para as duas gerações, temos um compromisso que será um pacto de governo.
Investiremos onde melhor se pode empregar o dinheiro: na educação. Na educação de gente, que mesmo jovem, faz pela Madeira. Garantimos que com o governo PS, as creches serão gratuitas e teremos o fim das propinas para os estudantes madeirenses a frequentar o ensino superior.
E esse compromisso será também na habitação. Temos um problema intergeracional: jovens ficam muito mais tempo na casa dos pais e pessoas mais idosas são despejadas das suas casas, para serem usadas para o turismo ou serem vendidas a estrangeiros a preço de ouro. Temos muita habitação de luxo, mas a habitação não pode ser um luxo.
O compromisso que estabelecemos, será o de nos primeiros 90 dias de governo termos elaborado um plano integrado de acesso à habitação pública. Nesse plano, destaco o programa “Primeira Chave”, para aquisição de primeira habitação. Ao abrigo deste programa, o governo irá construir casas que poderão ser adquiridas através da modalidade de renda resolúvel. É uma renda que será calculada conforme os rendimentos das famílias, sendo abatida, numa espécie de empréstimo, para a compra da casa. Esta é uma solução que hoje em dia não existe para que, principalmente os jovens e a classe média, possam ter casa própria.
Comprometemo-nos com uma nova forma de governar. Com respeito por todas e todos, com transparência, sem esquemas, nem favorecimentos. É o que faremos na saúde. Quem está doente não pode esperar. Robusteceremos os cuidados de saúde primários, com uma melhor articulação com os cuidados hospitalares, apostaremos na hospitalização domiciliária, e reduziremos as listas de espera com programas de recuperação para cirurgias, consultas e exames, além de que contrataremos mais enfermeiros e médicos em algumas especialidades.
Transformaremos o hospital Dr. Nélio Mendonça num hospital secundário e de reabilitação, vocacionado para os Cuidados Continuados, a Unidade do Doente Frágil e a Medicina Paliativa. Converteremos os hospitais dos Marmeleiros e Dr. João de Almada em estruturas residenciais para idosos, contribuindo para dar resposta à grande procura existente, resultante do crescente envelhecimento populacional, e, acima de tudo, permitindo encontrar uma solução para as situações de altas problemáticas, que atualmente ultrapassam as 200.
Para nós, governar é isto, governar é cuidar. E é esse o nosso compromisso: cuidar da gente que faz pela Madeira.