Votar nos outros?
Tenho feito campanha nos últimos dias no meu Concelho juntamente com muitos companheiros e tenho calcorreado muitas veredas, travessas e becos e, a verdade, é que sinto que os eleitores de Câmara de Lobos estão conscientes entre o certo e o errado, entre o que é realizável e o impossível. Entre quem sempre esteve próximo e aquele que esteve distante, mas para aqueles estão indecisos devem refletir sobre a melhor opção para o futuro da região. Em cada contacto fico com a certeza que sabem que o PSD-M tem demonstrado ao longo dos anos ser um partido com experiência, capacidade e resultados concretos, enquanto a oposição se tem caracterizado por promessas exageradas e projetos que desafiam a lógica e a sustentabilidade financeira.
Mas para os insistem em perguntar ao amigo, ao vizinho, ao familiar: olha, vais votar em quem? Para esses, dois exemplos claros desta postura da oposição que acha que os eleitores comem gelados com a testa. A promessa de construir um metro de superfície entre o Funchal e o Caniço e a edificação de 500 casas num curto espaço de tempo. Ambos os projetos revelam uma enorme desconexão com a realidade da Madeira e os riscos financeiros que tais empreendimentos acarretam.
A proposta de um metro de superfície entre o Funchal e o Caniço é uma das promessas mais irrealistas feitas pela oposição. Embora a mobilidade urbana na Madeira exija melhorias, este projeto apresenta vários desafios que colocam em causa a sua viabilidade. Estima-se que a concretização deste metro demoraria entre quatro a oito anos, dependendo da rapidez dos processos burocráticos e das dificuldades técnicas associadas à obra. Para nem falar do projecto que nem sequer está feito. A primeira fase do projeto, que inclui estudos de viabilidade, definição do traçado, impacto ambiental, aprovações e licenciamento, levaria entre um a dois anos. Se não mais. Este tipo de processo, já de si moroso, seria ainda mais complexo devido às características geográficas da Madeira, que exigiriam túneis, viadutos e um planeamento muito rigoroso.
Após esta fase inicial, a aquisição de terrenos e as infraestruturas preliminares necessitariam de mais um a dois anos para serem concluídas. Em seguida, a construção e instalação do sistema ferroviário poderia demorar entre dois a quatro anos, dependendo da complexidade das obras civis e das instalações elétricas e de segurança. Finalmente, seriam ainda precisos entre seis meses e um ano para a realização dos testes finais e a formação dos profissionais que assegurariam a operação do metro. Na melhor das hipóteses, este projeto demoraria quatro anos a ser concluído, mas é mais realista assumir que levaria o dobro desse tempo. Ou seja, ‘nem a gente ceia, nem o meu pai morre…’
Os custos também são um fator determinante para a inviabilidade deste projeto. Um metro de superfície que inclua vários túneis e viadutos devido à orografia da Madeira teria um custo que facilmente ultrapassaria os 200 milhões de euros? 300?! Este montante colocaria em risco as contas públicas da região, comprometendo investimentos essenciais na saúde, na educação e na habitação. Além disso, a instabilidade política, caracterizada por alianças frágeis e interesses divergentes, aumentaria significativamente o risco de que o projeto fosse interrompido a meio do processo, deixando uma obra inacabada e recursos desperdiçados. Pior mesmo é constatar que Câmara de Lobos não risca nesse plano socialista.
Outro exemplo flagrante de promessas infundadas é a proposta da oposição de construir 2000 casas em quatro anos (num tão curto espaço de tempo). A necessidade de aumentar a oferta de habitação na Madeira é inegável, mas prometer a construção de 500 casas por ano, sem apresentar um plano realista é irresponsável. Para este projeto ser bem-sucedido, seria necessário atravessar várias fases complexas. O planeamento e licenciamento das casas demoraria entre seis meses e um ano, incluindo os estudos de arquitetura e engenharia, as aprovações e a preparação das infraestruturas, como redes de água, eletricidade e acessos.
A fase de construção propriamente dita destas 500 casas poderia variar entre um ano e meio a três anos, dependendo do método de construção utilizado. Então alguém que me explique, como iriam conseguir construir 2000 casas em quatro anos? Qualquer promessa de conclusão imediata destas habitações é, por isso, um engano.
Outro fator que compromete a viabilidade destes projetos é a instabilidade política que tem caracterizado as tentativas de formação de governos na Madeira. Obras de grande envergadura exigem continuidade política e estabilidade governativa para garantir a sua execução. Quando um governo é forçado a fazer concessões para assegurar apoio parlamentar, corre-se o risco de que projetos estruturais sejam sacrificados ou suspensos para satisfazer interesses partidários. Essa realidade coloca em causa tanto o metro de superfície como a construção das 2000 casas, que exigem compromissos políticos de longo prazo e financiamento garantido para serem viáveis.
O PSD-M, ao longo dos anos, tem mostrado ser o partido mais preparado para garantir essa estabilidade e assegurar a concretização dos projetos estruturantes que a Madeira necessita. Ao investir em soluções realistas e sustentáveis, o PSD-M tem promovido o crescimento económico, a criação de emprego e a melhoria da qualidade de vida dos madeirenses. O partido tem um histórico de responsabilidade financeira e de execução bem-sucedida de projetos essenciais para a região, algo que a oposição não pode reivindicar.
Por isso termino com aquilo que um dia Winston Churchill afirmou: “Um político pensa na próxima eleição; um estadista pensa na próxima geração”. O PSD-M tem provado que trabalha com uma visão de longo prazo, apostando na concretização de projetos para as futuras gerações. A oposição, pelo contrário, insiste em promessas populistas e de realização duvidosa que apenas servem para gerar ilusões eleitorais. Para garantir um futuro próspero e sustentável para Câmara de Lobos e para toda a Madeira, é essencial que os eleitores escolham um caminho seguro e realista. Esse caminho só pode ser trilhado com o PSD-M.
E agora ainda vais votar nos outros?