Sindicato espera chegar a acordo com o futuro Governo Regional
Esta será a última greve até a posse de um novo Executivo
O Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) comprometeu-se a cessar as greves até a posse de um novo Governo Regional na Madeira.
A paralisação desta quinta-feira, 13 de Março, será, portanto, a última, até que um novo Executivo regional assuma funções, revelou, ao DIÁRIO, o presidente do SNMOT, Manuel Oliveira.
Em causa, explicou o sindicalista, está o facto de o Governo Regional estar em gestão e ter as suas competências limitadas, o que impossibilita alterações nas condições de trabalho dos trabalhadores da empresa Horários do Funchal - Transportes Públicos, S.A.
Manuel Oliveira reuniu-se, ontem, com o secretário regional de Equipamentos e Infra-estruturas, Pedro Fino, e com a Administração da Horários do Funchal, presidida por Alejandro Gonçalves. O sindicalista louva "a abertura para se poder avaliar determinadas pretensões dos trabalhadores" demonstrada durante o encontro.
Após as Eleições Regionais antecipadas de 23 de Março, a formação do Governo Regional e a respectiva tomada de posse, o SNMOT vai solicitar um novo encontro com o Executivo Madeirense com vista a negociar as reivindicações dos trabalhadores da Horários do Funchal. "No caso de não haver concertação, serão convocadas novas greves", ameaça o responsável sindical.
Greve afecta quase metade das carreiras da Horários do Funchal
Estão em operação 33 autocarros
Os trabalhadores da Rodoeste e da CAM - Companhia de Autocarros da Madeira estão igualmente em luta, mas, nestes casos, as negociações decorrem com a ACIF-CCIM - Associação Comercial e Industrial do Funchal - Câmara de Comércio e Indústria da Madeira.
O SNMOT exige a redução do horário semanal de trabalho das 39 para as 35 horas e a rectificação das actualizações salariais para 2025, tendo como referência a diferença entre as actualizações já efectuadas para 2025 e a actualização verificada para o Salário Mínimo da Madeira, cuja diferença "se cifra em cerca de 3,5%".