DNOTICIAS.PT
Mundo

Criminoso francês Mohamed Amra aceita ser entregue a França pela Roménia

None
Foto EPA

O criminoso francês Mohamed Amra, que protagonizou uma aparatosa fuga das autoridades há 9 meses em França, causando a morte de dois guardas prisionais, aceitou ser entregue a França pela Roménia, anunciou hoje a sua advogada.

Mohamed Amra, alvo de um mandado de captura europeu, foi detido no sábado na Roménia, nove meses depois de ter escapado à polícia quando era transportado do tribunal para a prisão, no nordeste de França, estando em fuga desde então.

Mohamed Amra "não reconhece os atos cometidos, mas quer respeitar a decisão das autoridades francesas, que querem julgá-lo", declarou a advogada Maria Marcu, após uma audiência no tribunal de Bucareste hoje.

Segundo a agência de notícias AFP, o ato de entrega deve acontecer no prazo de 30 dias.

A organização internacional de polícia criminal (Interpol) tinha emitido em maio do ano passado um "alerta vermelho" para Amra, que estava preso devido a uma condenação por vários roubos, mas que também era acusado de crimes relacionados com o tráfico de droga.

Com este "alerta vermelho", emitido a pedido das autoridades francesas, o rosto de Amra, conhecido como "A Mosca", foi enviado às polícias de todo o mundo para que o detivessem ou partilhassem qualquer informação sobre o seu paradeiro.

O fugitivo escapou durante um ataque com armas pesadas à carrinha prisional onde seguia, na portagem de Incarville (Eure), no nordeste da França.

Dois guardas prisionais foram mortos e três ficaram feridos.

O preso tinha várias condenações e acusações em casos de criminalidade organizada e era "muito conhecido da justiça", segundo a procuradora de Paris, Laure Beccuau.

A sua última condenação foi em 07 de maio "por um roubo", pelo qual foi condenado a 18 meses de prisão.

As primeiras ofensas criminais deste delinquente ocorreram entre as idades de 11 e 14 anos, disse a Procuradoria francesa.

De acordo com a AP, a fuga de Amra e o historial de violência tornaram-no um símbolo dos desafios que as autoridades francesas enfrentam no combate ao crime organizado e na garantia da segurança de quem lida com prisioneiros de alto risco.