“É mesmo possível, como nunca foi, a mudança de governo da Região”
Cafôfo promete plano integrado de acesso à habitação nos primeiros 90 dias de governação
É a convicção de Paulo Cafôfo e provocou o entusiasmo dos congressistas: “É mesmo possível, como nunca foi, a mudança de governo da Região”. O líder do PS-Madeira faz a sua intervenção final no XXII Congresso regional dos socialistas madeirenses, que decorreu ontem e hoje no Centro de Congressos da Madeira. Foi apresentado por Luisa Paolinelli, presidente da Mesa do Congresso, como “futuro presidente do Governo Regional”.
Paulo Cafôfo, que ontem viu a sua Moção de Estratégia Global aprovada por unanimidade, sinal de como o encontro lhe correu favoravelmente, subiou ao palanque para falar aos congressistas, reafirmando vários pontos da moção, mas acrescentando conteúdo político, em especial, tendo em conta as eleições de 23 de Março próximo.
E foi logo ai início da intervenção, que o presidente do PS-M apontou à mudança possível na Região, o que tem, na perspectiva dele, de passar pelo PS. “Estamos a encerrar o congresso, mas nada se fecha, bem pelo contrário, estamos a abrir um novo caminho, o caminho da mudança, o caminho da esperança. E a Madeira precisa de um novo começo. Esse tempo, esse novo tempo, começa hoje, começa com PS.”
E a Região precisa de um novo começo porque, afirma, tem sido destruída por um homem, “ainda presidente desta Região” e pelo partido que que lidera, Albuquerque e PSD.
É nesse contexto que Cafôfo garantes er mesmo possível mudar a governação na Região. “Mas essa responsabilidade não é só minha ou do PS. É de todos os madeirenses e porto-santenses. A mudança começa na nossa cabeça e nas decisões que tomamos. E nas escolhas, que estou certo que farão, para que nada continue igual. E para nada continuar igual, só dando força ao PS e votando no PS poderemos sair desta instabilidade e avançar.”
“Mas, têm também os partidos políticos, aqui presentes (representações partidárias convidadas), responsabilidade. A responsabilidade de, desta vez, não optarem pela solução de um governo liderado pelo PSD, mas juntarmo-nos para um governo onde todos nós possamos ser a esperança de todo um povo.)
Para isso, os madeirenses não devem de ter medo, pois, garante, a mudança será tranquila.
Com um sistema de governação com 50 anos, “obsoleto e ineficaz””, o PS promete colocar as pessoas no centro das decisões.
Isso é “ter respostas para os jovens que querem oportunidades, para os mais velhos que trabalharam toda uma vida e merecem uma reforma melhor, para os pais que desejam dar a melhor educação aos seus filhos, para uma classe média que paga impostos e quer ter acesso à saúde e à habitação, para uma administração pública que anseia ser valorizada e respeitada, e para os trabalhadores que exigem que o crescimento económico signifique mais dinheiro nos seus bolsos. Isto é governar. Isto é servir e cuidar.”
“É isto que farei na liderança do Governo Regional.”
O PS promete cuidar dos jovens, dos idosos, investir na educação, na saúde, entre várias outras áreas e muito em educação.
“Aqui, hoje, estabeleço um compromisso com os madeirenses e os porto-santenses: nos primeiros 90 dias de governo teremos elaborado um plano integrado de acesso à habitação, com apoios à recuperação de casas degradadas, apoio reforçado ao arrendamento, incentivos às cooperativas de habitação e construção de nova habitação pública.”
“Destaco o programa “Primeira Chave”, para aquisição de primeira habitação. Ao abrigo deste programa, o governo irá construir casas que poderão ser adquiridas através da modalidade de renda resolúvel. É uma renda que será calculada conforme os rendimentos das famílias, sendo abatida, numa espécie de empréstimo, para a compra da casa. Esta é uma solução que hoje em dia não existe para que, principalmente os jovens e a classe média, possam ter uma casa.”
A mudança na Madeira, diz Cafôfo está nas mãos de cada madeirense e, por isso deixou um apelo ao voto: “No dia 23 de março, cada voto no PS-Madeira será um voto pela esperança, pela justiça e pelo progresso. Porque nós sabemos que governar é cuidar.”