Contribuições dos trabalhadores não podem ir para bancos/seguradoras
O Orçamento do Estado previa um aumento de 28,3% de saldo na Segurança Social (SS), para um montante de 5,6 mil milhões de euros. A previsão é do executivo, com sustentabilidade garantida até 2070! Assim, é incompreensível a SS estar a ser cobiçada por entidades que visam o negócio...
A SS não pode ser desvirtuada na sua essência: pública, universal e solidária. A governança quer pôr nas mãos dos bancos e seguradoras as contribuições dos trabalhadores, por tal, criou um grupo de trabalho, presidido por um sujeito, que no tempo da troika, disse que a SS ia colapsar - o que não sucedeu... junta-se uma secretária de Estado da Segurança Social, adepta dos seguros privados.
Este desgoverno não esconde os objectivos: seguradoras e bancos, também, ficam com as contribuições dos trabalhadores e, em caso de falência daqueles, as reformas, neste novo sistema ficam hipotecadas! Há um exemplo destes, cuja falência, no Chile pôs milhões de reformados sem reformas e a gritar!
Há uma opacidade, que a governança tem de esclarecer.
O nosso dinheiro, dos descontos, não pode nem deve ficar à mercê de fundos de especulação financeira.
A Segurança Social é nossa, não é do capital!
Vítor Colaço Santos