PAN "estará sempre contra" abertura das Selvagens à pesca comercial de tunídeos
O PAN considera que Portugal deve assumir um compromisso firme com a proteção dos oceanos e, por isso, diz que "estará sempre contra" a proposta do CH-Madeira de reduzir a zona de proteção da Reserva Natural das Ilhas Selvagens de 12 para 2 milhas náuticas, abrindo esta área única à pesca comercial de tunídeos.
Numa nota à imprensa, Mónica Freitas afiança que "a Reserva Natural das Ilhas Selvagens é um dos mais importantes santuários de vida marinha do Atlântico, essencial para a preservação de inúmeras espécies e para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas oceânicos".
Na senda da protecção dos oceanos, a porta-voz do partido destaca que Portugal está prestes a ser o primeiro país a impor uma moratória à mineração no mar profundo até 2050, graças ao PAN. "Portugal será pioneiro ao travar a mineração no fundo do mar, um passo que o partido considera essencial na defesa dos oceanos e do equilíbrio climático global", aponta.
Mónica Freitas relembra que foi o PAN, sozinho, que, em 2023, trouxe pela primeira vez para a Assembleia da República a necessidade de uma moratória sobre a mineração em mar profundo. O projecto foi aprovado, mas a queda do Governo impediu a concretização legislativa desta medida crucial.
A extração mineira no fundo do mar representa uma ameaça imensa para os ecossistemas marinhos e para o clima. A destruição dos habitats de águas profundas e a libertação de carbono armazenado nos sedimentos oceânicos podem ter consequências devastadoras e irreversíveis. O lucro a curto prazo não pode, nunca, sobrepor-se à preservação da biodiversidade e à estabilidade climática do planeta Mónica Freitas
No entanto, o PAN lamenta que em todos os partidos partilhem desta visão e, por isso, tanto CH como IL votaram contra a moratória sobre a mineração no mar profundo, "demonstrando uma vez mais o seu alinhamento com os interesses económicos predatórios e não com a proteção do património natural".