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Seguro rejeita "soluções pontuais" na Saúde e fará alertas sobre ministros "em privado"

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O candidato presidencial António José Seguro considerou hoje que a Saúde precisa de mais do que apenas "soluções pontuais" e garantiu que caso tenha que alertar o primeiro-ministro "sobre este ou aquele ministro" o fará "sempre em privado".

"Há problemas, têm que haver soluções. As soluções não podem ser soluções pontuais, têm que ser soluções duradouras. E essas soluções passam por envolver todos aqueles que têm responsabilidades legislativas e que têm responsabilidades executivas", considerou o candidato às eleições presidenciais de janeiro e antigo líder do PS, à margem de uma visita ao Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, no concelho da Amadora, distrito de Lisboa.

Seguro insistiu na importância de um "pacto para a Saúde" - que tem sido uma das suas principais bandeiras durante a pré-campanha - e, interrogado sobre se falaria com o primeiro-ministro acerca de uma eventual demissão da ministra da tutela, Ana Paula Martins, que tem sido fortemente criticada pela oposição, remeteu para os partidos.

Na ótica do antigo secretário-geral do PS, a função do Presidente da República "é chamar os decisores políticos à atenção para resolver com soluções concretas os problemas dos portugueses".

"Eu considero que o Presidente da República deve falar em público e das suas palavras deve haver consequências, mas muito do trabalho também é feito em privado, nas reuniões à quinta-feira com o primeiro-ministro. E, portanto, quando houver necessidade de chamar a atenção do primeiro-ministro sobre este ou aquele ministro, eu farei sempre em privado", garantiu.

Questionado sobre se tenciona chamar a Belém, caso seja eleito, os líderes dos partidos para lhes entregar o seu pacto para a área da Saúde - que já deu ao presidente do Chega, André Ventura, durante um debate para as presidenciais - Seguro respondeu que sim, e que poderá "tomar a iniciativa de entregar esse documento ainda mais cedo".

O candidato realçou que "pode faltar dinheiro para outras coisas", mas para a Saúde não, e defendeu que a promoção do acesso à Saúde "passa por uma boa organização, uma boa gestão e também por uma boa carreira", atraindo "os melhores profissionais para esta área".

"A minha mensagem é muito clara: há condições, o país tem recursos para fixar os melhores profissionais no Serviço Nacional de Saúde e responder a tempo e horas àquilo que são as preocupações dos portugueses na área da saúde", sustentou.