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Madeira

PCP apela aos trabalhadores "a aderirem massivamente à Greve Geral de 11 de Dezembro"

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O PCP realizou hoje, no Funchal, uma acção pública de contacto com a população e com os trabalhadores, denunciando a intenção do Governo PSD/CDS de aprofundar a precariedade e agravar a exploração através das alterações ao Código do Trabalho, que constituem um brutal ataque a direitos conquistados ao longo de décadas.

Nesta iniciativa, diz o dirigente do PCP, Ricardo Lume, "ficou claro que só a luta organizada poderá travar um pacote laboral que ameaça empobrecer ainda mais quem vive do seu trabalho". 

O Governo da República apresentou um pacote laboral que representa um dos maiores golpes contra os direitos dos trabalhadores em muitos anos. Fomenta os baixos salários, facilita despedimentos, generaliza a precariedade e desregula horários de trabalho. Ataca direitos de maternidade e parentalidade, procura limitar a ação sindical e atinge diretamente o direito à greve. É um pacote laboral articulado ao milímetro com os interesses das confederações patronais. Cheira a troika, cheira a retrocesso".  Ricardo Lume

E prossegue: "Primeiro apresentam uma proposta que rasga direitos consagrados, depois dizem querer negociar mas apenas a partir da sua própria proposta, ignorando a legislação em vigor. Querem esmagar direitos para somar fortunas, querem impedir mulheres e jovens de construir uma vida estável e emancipada. Este pacote laboral vai ter de cair com a força da luta dos trabalhadores. Não aceitaremos que nos empurrem de volta para o século XIX em pleno século XXI".

Perante esta ofensiva, apela a todos os trabalhadores da Região "a aderirem massivamente à Greve Geral de 11 de Dezembro, convocada pelo movimento sindical". No seu entender, "será um momento decisivo para mostrar que os trabalhadores não aceitam recuos, que não aceitam empobrecimento, que não aceitam ver destruídos os seus direitos e rendimentos". 

E concluiu: "Só a luta dos trabalhadores poderá derrubar a política de exploração e empobrecimento, os seus executores e este pacote laboral que tenta desmantelar direitos fundamentais de quem vive do seu trabalho".