Quase 30% dos jovens na Madeira já tiveram acompanhamento psiquiátrico
Consumo de novas substâncias psicoativas é “ameaça à saúde mental das futuras gerações”, alertou Rubina Leal
Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira falava na abertura das Jornadas de Psiquiatria e Saúde Mental
Referindo-se aos dados do Observatório Regional de Saúde Mental, a presidente da Assembleia Legislativa da Madeira apontou que "cerca de 15% da população adulta activa na Madeira sofre, em determinado momento, de alguma perturbação mental", destacando que nos mais jovens, "quase 30% já tiveram acompanhamento psiquiátrico".
Rubina Leal presidiu, hoje, à sessão de Abertura das 11.ª Jornadas de Psiquiatria e Saúde Mental, organizadas pela Casa de Saúde São João de Deus, nos dias 9 e 10 de Outubro de 2025.
Na sua intervenção, a líder do parlamento regional sublinhou que estes números revelam “a urgência de reforçar os serviços e diversificar as respostas, desde a prevenção até à reabilitação” e apelou à responsabilidade colectiva — governo, sociedade civil e redes comunitárias — na criação de soluções integradas.
A saúde mental não é um tema periférico: é central no bem-estar individual e coletivo, essencial ao pleno exercício da cidadania, à coesão social, à produtividade e à qualidade de vida Rubina Leal
A presidente da Assembleia Legislativa da Madeira enalteceu também o trabalho da Casa de Saúde São João de Deus, que considera “uma instituição central no ecossistema da saúde mental madeirense, com mais de 200 colaboradores que cuidam de cerca de 330 utentes”, evidenciando o seu papel "determinante" no combate às Novas Substâncias Psicoativas (NSP).
Relativamente a este problema alertou que as novas drogas são “uma ameaça à saúde mental das futuras gerações”.
Rubina Leal concluiu apelando a que as Jornadas inspirem "não apenas reflexão, mas também acção, através da criação de protocolos, redes locais de apoio e investimentos sustentados, lembrando que “a saúde mental é um bem público, cuja defesa exige coragem, persistência e solidariedade”.