Outubro Rosa: o compromisso socialista na prevenção e dignidade
Outubro é o mês em que o país veste-se de rosa para lembrar que a prevenção salva vidas. O “Outubro Rosa” é mais do que uma campanha, é um apelo à responsabilidade coletiva, porque, no cancro, “mais vale prevenir do que remediar”.
Na Região Autónoma da Madeira, os dados mais recentes do Registo Oncológico Regional mostram que o cancro da mama é o tumor maligno mais comum, com mais de duas centenas de novos casos anuais. A Madeira apresenta ainda uma das taxas de incidência de cancro mais elevadas do país — 514 novos casos por 100 000 habitantes —, acima da média nacional e próxima das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
Este dado revela que o peso da doença oncológica na Região exige uma resposta robusta e sustentada: rastreio precoce, continuidade de tratamento e apoio social. São números que pedem políticas sérias, humanas e com resultados.
No âmbito nacional, foi com a governação socialista que Portugal avançou com programas nacionais de rastreio, alargou o acesso a exames complementares e modernizou equipamentos hospitalares no Serviço Nacional de Saúde.
Foi também com o PS que se aprovaram medidas estruturais de justiça social:
- a Lei 7/2009, que garantiu adaptabilidade do horário e subsídio de doença;
- a Lei 93/2019, que impôs a adaptação do posto de trabalho;
- a Lei 75/2021, que criou o Direito ao Esquecimento;
- a Agenda do Trabalho Digno (2023), que consagrou teletrabalho para cuidadores;
- o Atestado Médico de Incapacidade Multiuso automático (2024), que reconhece 60% de incapacidade durante cinco anos.
- também a prolongação das baixas médicas para 90 dias reforçou a estabilidade dos tratamentos.
Tudo isto é política transformada em empatia, dignidade e justiça social.
Na Madeira, onde o cancro da mama continua a crescer, a situação exige atenção política urgente. Apesar do esforço dos profissionais de saúde e forte dedicação, as opções do Governo Regional têm conduzido a falhas graves no acesso a medicamentos, exames e primeiras consultas.
O próprio serviço regional de saúde reconheceu atrasos e ruturas de stock, forçando doentes a comprar fármacos em farmácias comunitárias.
Isto não é pontual, é estrutural, resultado de anos de má gestão e falta de planeamento.
A saúde pública não pode depender da sorte ou da carteira de cada um. Escolher a saúde, é escolher as pessoas.
O Partido Socialista defende uma resposta integrada à doença oncológica: da prevenção à investigação, do tratamento à reintegração profissional.
Não basta tratar. É preciso devolver dignidade a quem sobrevive de uma doença oncológica e apoiar as famílias que cuidam.
Neste “Outubro Rosa”, o compromisso socialista e a luta por melhores cuidados, renova-se: investir na prevenção, garantir tratamento atempado e assegurar que ninguém fica para trás.
Porque cada atraso, cada rutura e cada falta de resposta, pode custar uma vida. E quando um Governo falha, o sofrimento não é um número… é uma pessoa à espera de tratamento.