"A democracia exige diálogo com os mais jovens”, alerta Aguiar-Branco
Presidente da AR defende diálogo com os jovens e reforça importância da democracia na Universidade da Madeira
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, participa esta tarde, na Reitoria da Universidade da Madeira, no Colégio dos Jesuítas, num encontro com estudantes subordinado ao tema 'Democracia e Participação'.
Durante a sua intervenção, Aguiar-Branco sublinhou que “a nossa democracia exige e obriga que na intervenção cívica haja capacidade de dialogar com os mais jovens”, considerando o envolvimento da juventude “uma ferramenta essencial para afirmar as nossas ideias”. O presidente da Assembleia pediu ainda aos estudantes que, na parte do debate, coloquem “perguntas difíceis”.
O responsável político abordou “a importância de falar de democracia, das suas instituições e desafios”, alertando para o facto de “os tempos democráticos estarem a ser alvo de ameaças que a podem pôr em causa”.
Referindo-se à realidade madeirense, Aguiar-Branco identificou alguns dos principais desafios da Região, como o desemprego jovem e o acesso ao ensino superior. Manifestou também o desejo de que “o curso de Medicina seja integralmente leccionado aqui na Madeira”, evocando a experiência do ‘deslocado’, numa referência aos NAPA. “Se é verdade que a Madeira se desenvolveu muito nas últimas décadas, estou certo de que a vossa geração irá contribuir para dar continuidade a esse desenvolvimento”, afirmou.
O presidente da Assembleia da República recordou ainda a visita efectuada, durante a manhã, à ARDITI, onde ficou “muito bem impressionado com o investimento que já existe na exploração marítima”. Ainda assim, considerou que “é preciso ir mais longe”.
Deixando uma mensagem de esperança em relação ao futuro, Aguiar-Branco reconheceu, contudo, que “o mundo está perigoso” face às “muitas ameaças”, reforçando a convicção de que “em democracia os problemas resolvem-se”. Para concluir, citou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa: “A pior das democracias será sempre melhor que as ditaduras.”