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Três joverns detidos na Bélgica suspeitos de terrorismo e de preparar drone explosivo

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Foto Shutterstock

Três jovens foram detidos ontem em Antuérpia, no norte da Bélgica, no âmbito de uma operação antiterrorista, por serem suspeitos de querer atacar políticos e estarem a preparar um drone no qual iriam alegadamente acoplar uma carga explosiva.

O Ministério Público federal belga informou, num comunicado, que os três jovens adultos, nascidos em 2001, 2002 e 2007 e residentes em Antuérpia, foram privados da liberdade após a realização de várias buscas nesta cidade, uma intervenção judicial que se insere no âmbito de uma investigação aberta, entre outras coisas, por tentativa de assassinato terrorista e participação nas atividades de um grupo terrorista.

Em concreto, a Polícia Judicial Federal de Antuérpia realizou quatro buscas com a colaboração das unidades especiais da Polícia Federal e com o apoio de cães treinados na deteção de explosivos, sob a direção do juiz de instrução especializado em matéria de terrorismo nesta cidade do norte do país.

 Segundo o comunicado difundido pelo Ministério Público, "alguns indícios apontam que a intenção era perpetrar um atentado terrorista de inspiração jihadista contra políticos".

Durante as buscas à residência de um dos suspeitos, foi encontrado um artefacto muito semelhante a um "dispositivo explosivo improvisado", mas que ainda não estava operacional. Também foi encontrada uma bolsa que continha bolas de metal.

Na residência de um segundo suspeito, foi encontrada, entre outras coisas, uma impressora 3D, que as autoridades belgas acreditam que iria ser utilizada para fabricar peças úteis para cometer um atentado.

Além disso, segundo o Ministério Público, existem indícios de que o objetivo dos suspeitos era fabricar um drone, ao qual seria acoplada uma carga explosiva.

Dois suspeitos estão a ser interrogados pela Polícia Judiciária Federal de Antuérpia e amanhã comparecerão perante o juiz de instrução, que decidirá se emite ordem de detenção contra eles.

Já o terceiro suspeito foi posto em liberdade ao longo do dia.

O Ministério Público recusou fornecer mais informações neste momento para não prejudicar a investigação em curso, assegurando que este caso "demonstra que o Ministério Público, a Polícia e os serviços de inteligência devem permanecer em alerta a todo o momento perante o risco de atentados terroristas", e que devem dispor de "capacidade suficiente para garantir a segurança" da sociedade.

Em 2025, já foram abertas cerca de 80 novas investigações por terrorismo na secção de terrorismo do Ministério Público federal, o que já supera os números do ano anterior, acrescentou aquela entidade, precisando que esse número não tem em conta os casos de terrorismo em que estão envolvidos menores, que são tratados pelas procuradorias de primeira instância.