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Madeira

Verificação de equipamentos de medição tem aumentado na Região

Balanças, taxímetros e outros instrumentos de medição estão entre os aparelhos validados, sendo que no ano passado foram feitas 4.021 dessas vistorias pelo Laboratório de Metrologia da Madeira

Isabel Rodrigues deu conta da evolução da metrologia na Região ao longo dos últimos anos. 
Isabel Rodrigues deu conta da evolução da metrologia na Região ao longo dos últimos anos. , Foto ML

Em breve, possívelmente antes do final deste ano, aquele organismo deve dar início à verificação dos instrumentos de medição de GPL.

No ano passado, o Laboratório de Metrologia da Madeira (LMM) realizou 4.021 operações de verificação de aparelhos de medição, dando cumprimento às obrigações legais a que estão sujeitos vários operadores económicos da Região. Estas acções têm vindo a aumentar, em parte como reflexo do estado da economia da Região. Em comparação com o ano precedente, estamos perante um aumento de 7,1% (3.754), crescimento que sobre para 15,9% de o alcance temporal recuar até 2020. 

Os números foram apontados por Isabel Rodrigues, no âmbito do assinalar dos 25 anos de existência daquele organismo público que integra a Direcção Regional do Comércio, Indústria e Qualidade, à qual preside, sob a alçada da Secretaria Regional de Economia. 

A responsável pelo LMM esclareceu que essas verificações acontecem com regularidade, uma vez por ano, embora os cidadãos não se apercebam da importância das mesmas. E dá alguns exemplos: "normalmente são equipamentos que prestam serviço ao cidadão. É todo aquele tipo de balanças que estão numa fase de comercialização, dos supermercados, do check-in dos aeroportos, das farmácias quando se faz a manipulação dos remédios, os taxímetros, os postos de abastecimento de combustíveis, os parcómetros, os parques de estacionamento, os analisadores de gás de escape são apenas alguns exemplos".

Na prática, estas verificações garantem que "podemos ter a certeza de que quando estamos a pesar um quilo de maçãs, efectivamente aquela balança está a pesar um quilo de maçãs", porque com a sua utilização há um desgaste e um desvio do próprio equipamento. Nesse sentido, a lei estipula que, uma vez por ano, seja feito esse controlo "para atestar e efectivamente dar fiabilidade àquele equipamento que está a medir bem para aquilo que é o seu objectivo e o seu intuito".

Mas as verificações tocam outros aspectos, conforme realçou, aos jornalistas, aquela responsável. "Há outra área que também é fulcral e que as empresas vêem com grande receptividade o nosso trabalho, e até agradecem, que é o controlo dos pré-embalados", realça Isabel Rodrigues, dando conta de que vão às empresas para ter a certeza de que as embalagens têm mesmo as quantidades apontadas. "Por exemplo, uma garrafa de vinho Madeira, de líquido, ter a certeza de que aquela quantidade de líquido que é colocado na garrafa é o adequado, por forma a não prejudicar a empresa ou o consumidor, com líquido a mais ou a menos", exemplifica.

O maior número de verificações realizadas diz respeito aos sistemas de medição de dispensadores de combustíveis, com 21,1% das operações do LMM; seguem-se os taxímetros, com 20,3% das acções. 

Isabel Rodrigues diz que não têm sido detecatadas violações dos selos que são colocados nos equipamentos e que atestam a conformidade com a lei, notando que esses selos são "uma segurança para os consumidores de que o equipamento está a funcionar correctamente".

Em breve, possívelmente antes do final deste ano, aquele organismo deve dar início à verificação dos instrumentos de medição de GPL, sendo que no futuro próximo contam, igualmente, avançar com a validação dos equipamentos ligados às estações de carregamento dos carros eléctricos e aos esfigmomanómetros (aparelhos de medir a tensão arterial), estando apenas pendente da indicação dos procedimentos técnicos a seguir e das taxas a aplicar, orientações que deverão ser facultadas pelo Instituto Português da Qualidade, entidade nacional responsável mormalização e pela metrologia. 

Neste momento, o Laboratório conta com quatro funcionários e está sedeado no Parque Empresarial da Cancela. 

A cerimónia que assinalou os 25 anos daquele organismo público contou com a presença de Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, e de José Manuel Rodrigues, secretário regional de Economia. A ocasião foi aproveitada para distinguir os funcionários afectos àquela instituição, bem como destacar o trabalho que por eles é desenvolvido desde o ano 2000.