"Quero uma equipa intensa e com os olhos na baliza adversária"
Ivo Vieira fala ainda num plantel desconfortável "com uma variabilidade de liderança e de ideias de jogo"
Na abordagem do jogo do Marítimo, neste domingo em Tondela, e que vai marcar a estreia de Ivo Vieira no comando técnico da equipa maritimista na II Liga, o treinador do Marítimo revela que "esta foi uma semana de muita informação para os jogadores", que tiveram que lidar com mais uma mudança de treinador esta temporada.
"Passamos a nossa ideia e do objectivo do jogo, mas tentei que fosse um processo simples. Óbviamente que temos de trabalhar em cima do que pretendemos, em termos de ideia de jogo, mas, acima de tudo, julgo que os jogadores entenderam o que se pretende para que o futebol do Marítimo seja objectivo, metendo qualidade e, principalmente, que a equipa procure a baliza contrária, contra uma adversário que está numa posição confortável e nos vai colocar muitas dificuldades, para as quais estamos preparados", desenvolve o treinador do Marítimo.
Ivo Vieira quer que o Marítimo "seja uma equipa intensa na procura da baliza do adversário, mas também uma equipa equilibrada", pretendendo ainda que a sua equipa "corra atrás dos seus objectivos, que passam pela vitória".
Para o treinador maritimista, ainda não será possível uma equipa totalmente à sua imagem. "Tenho que me colocar no lugar dos jogadores e respeitá-los, na medida em que os mesmos conheceram ao longo destes cinco ou seis meses uma variabilidade de liderança e de ideias de jogo, o que provocou algum desconforto em todos eles", sublinha.
Mesmo assim, Ivo Vieira revela sentir os seus jogadores "mais capazes e mais confiantes em termos emocionais", pelo que "vamos procurar impor a nossa ideia de jogo, mas com alguma coisa deste passadoi recente", na medida em que alerta "não ser possível mudar tudo apenas numa semana".
Neste contexto, o treinador madeirense considera que "vai haver um misto de sensações e comportamentos nas tomadas de decisão em campo pelos jogadores", mas acreditando que "vão os jogadores procurar no terreno muito do que é a ideia de jogo que passei para todos eles", assinalando que "e com todo o respeito para os meus colegas, não gosto de um futebol muito mastigado, mas sim de um jogo prático e com os olhos na baliza contrária".
"Saída de Euller foi uma perda para o plantel, mas pode ser um ganho na estabilidade financeira"
Com um plantel reduzido -. "trabahei com 21 jogadores de campo", revela - Ivo Vieira assegura que os dois mais recentes reforços já estão em condição de ir a jogo. E, relativamente ao mercado de Janeiro, admite que mais alguns jogadores possam sair e espera, pelo menos, mais dois a três reforços. "Temos que colmatar as lacunas no plantel que são de todos conhecidas e, estamos a trabalhar nisso, contratar jogadores que possam, de facto, colmatar essas lacunas", diz.
Sobre a saída de Euller Silva, Ivo Vieira admite que "se trata de uma perda, pois trata-se de um activo com golos e assistências e que tinha preponderância no jogo", mas logo avança. "É uma perda para o plantel mas que pode ser um ganho para a SAD, de forma a procurar os jogadores que pretendemos", reforça a ideia.
"Claro que temos jogadores referenciados, mas o Marítimo não tem capacidade para chegar a todos os que deseja. Mas estamos a trabalhar nesses dossiers", conclui.
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