No pasa nada
Quando escrevi, no início do mês, que a rentrée política na Região deveria ser marcada pela apresentação de uma moção de censura ao Governo, perante os gravíssimos e caricatos incidentes decorridos durante os incêndios que assolaram a Madeira em agosto, estava longe de imaginar que, afinal, pouco ou nada se passaria. Que, na prática, continuaríamos a nossa vida como se nada de grave tivesse acontecido.
Insisto no que já aqui escrevi: a oposição cumpriu o seu trabalho de escrutínio durante os incêndios e fez bem em centralizar a discussão política na Assembleia, ao promover as audições e comissões que estão previstas - mas isso não chega. E não chega porque a excecionalidade da situação foi tal que exige uma intervenção com consequências claras.